Se se analisar o tempo que cada um dos quatro finalistas passou em campo até atingir a final da edição de 2018 do Australian Open, é possível chegar a uma constatação no mínimo curiosa e pouco vista nos últimos tempos: um jogador do quadro masculino, neste caso Roger Federer, passou menos tempo em campo do que uma finalista do quadro feminino num torneio do Grand Slam.
O jogador suíço de 36 anos precisou de apenas 10 horas e 50 minutos para vencer seis encontros e garantir um lugar na final de domingo, o que dá uma média inferior a 2 horas por duelo. O seu encontro mais longo foi mesmo o jogo com Tomas Berdych, nas meias-finais, que se prolongou por 2 horas e 16 minutos e foi um dos três que ultrapassou a marca das 2 horas (Gasquet e Fucsovics foram os outros adversários nos outros dois).
Por outro lado, Simona Halep já ultrapassou duas maratonas: na terceira ronda bateu Lauren Davis por 15-13 no set decisivo e esta quinta-feira também utilizou horas extra para vencer Angelique Kerber por 9-7 na terceira partida. Estes dois encontros, acumulados aos outros quatro disputados pela romena, resultam num total de 11 horas e 30 minutos, ou seja, 40 minutos a mais em campo do que o suíço.
Analisando os restantes finalistas, Marin Cilic foi claramente aquele que passou mais tempo em campo, com um total de 17 horas e 20 minutos. Curiosamente, o encontro mais curto do croata foi com o português João Sousa, jogo este que levou 1 hora e 47 minutos a ser concluído.
Já Caroline Wozniacki é aquela que passou menos tempo em court, com 10 horas e 10 minutos. Ainda assim, atendendo que falamos do setor feminino, é um valor relativamente parecido com aquele que Federer (que joga encontros à melhor de cinco sets) passou em campo. O seu encontro mais longo foi disputado na segunda ronda, contra a croata Jana Fett — que esteve a vencer por 5-1 com dois match points no último set — e demorou 2 horas e 36 minutos.
