Num artigo de opinião publicado no El País, Toni Nadal criticou a ausência de medidas por parte das entidades competentes no sentido de combater o elevado número de lesões que têm afetado insistentemente vários dos melhores jogadores do mundo.
O tio e antigo treinador de Rafael Nadal não aceita que as lesões no circuito sejam “o pão nosso de cada dia” e começou por recordar o lote de ausentes do US Open e do Nitto ATP Finals. “Vários tenistas que costumam ocupar os primeiros lugares do ranking não disputaram o US Open — Wawrinka, Murray, Raonic, Djokovic e Nishikori — e falharam o Masters devido a lesões consideráveis”.
Para Toni Nadal, este flagelo de lesões causa-lhe “fúria e grande tristeza” e leva-o a questionar: “Quantas mais lesões terão de acontecer? Quantos mais torneios serão prejudicados por estas ausências constantes? Quando reconheceremos a necessidade de implementar mudanças e aceitar, de uma vez por todas, que a enorme velocidade da bola e a dureza dos courts estão a prejudicar os tenistas e a minar o espetáculo?
“Custa-me a entender que dirigentes, torneios e todas as partes envolvidas não decidam, de forma conjunta, agir sobre o assunto”, acrescentou o treinador espanhol, que revelou ainda ter falado ao telefone, esta terça-feira, com o seu sobrinho Rafael Nadal.
“Foi o que disse ao Rafa quando falámos. Dei-lhe também algumas palavras de conforto e carinho, adotando a posição de sempre nestes momentos mais difíceis. Os contratempos tornam-no mais forte e fazem com que comece a olhar mais cedo para os próximos objetivos”, apontou.
Toni Nadal acredita que se não fosse a lesão o maiorquino teria “grandes hipóteses” de seguir para a final e conquistar o título. “O jogo que o Rafa estava a fazer até ao momento em que desistiu, pelo menos na minha ótica, levou-me a pensar que ele tinha grandes hipóteses de alcançar a final e uma boa oportunidade de arrecadar o troféu. Quando está saudável, tenho a máxima confiança nas capacidades do meu sobrinho”, frisou.
