24h depois, aqui estamos. O primeiro dia de quartos de final proporcionou muitas surpresas (Elina Svitolina, Grigor Dimitrov e Rafael Nadal ficaram pelo caminho) e, por isso, é em alerta máximo que aqueles que foram escalados para esta quarta-feira abordam os seus próximos desafios. É o último dia dos quartos de final em Melbourne e a jornada começa, como habitualmente, às 00h de Portugal Continental.
[21] Angelique Kerber vs. [17] Madison Keys
A jornada arranca com um dos pratos fortes do dia. Bom, na verdade, para esta quarta-feira não há pratos fracos, pelo que voltemos atrás: a jornada arranca com um duelo entre a jogadora que melhor forma apresentou até ao momento e a vice-campeã do US Open, que está uma vez mais a praticar muito bom ténis em Melbourne.
Não há terreno desconhecido para nenhuma delas (pelo menos por agora), mas os números jogam (muito) a favor da alemã: Angelique Kerber tem o nome inscrito na lista de campeãs do Australian Open, o que significa que sabe melhor do que todas as que ainda estão no quadro o que é necessário para triunfar na Austrália, e lidera o head to head frente a Madison Keys por 6-1, com vitórias nos últimos 4 encontros. Para além disso, apresenta um registo de 13-0 em 2018. Mas a norte-americana, atenção, sabe crescer nos grandes momentos e provou-o recentemente ao atingir a final do US Open. Muita atenção…
[1] Simona Halep vs. [6] Karolina Pliskova
A fechar a jornada diurna, a número 1 mundial Simona Halep medirá forças com a checa Karolina Pliskova. Um duelo com dois estilos contrastantes, em que a checa apresenta, à partida, argumentos que encaixam melhor nas condições deste torneio, mas de que também se pode (e deve) esperar tudo. Numa edição que tem sido verdadeiramente imprevisível, a romena já esteve muito perto de ser eliminada, enquanto a checa tem sido mais segura.
Ah, e se é verdade que o piso rápido é mais favorável ao jogo de Pliskova… O registo dos duelos entre ambas mostra que foi a romena quem venceu na grande maioria das vezes: Halep soma quatro(!) vitórias em cinco encontros disputados em superfícies rápidas.
[2] Roger Federer vs. [19] Tomas Berdych
E de repente… Não há como fugir. Se antes do torneio Roger Federer tentava de certa forma “livrar-se” de alguma pressão ao dizer que aos 36 anos um jogador não devia ser favorito a ganhar um torneio do Grand Slam, agora a história é outra: porque entretanto Novak Djokovic (ainda a recuperar de lesão, é certo, mas nunca se sabe do que é capaz) e, sobretudo, Rafael Nadal já não estão no quadro e o caminho do campeão em título passa por Tomas Berdych (contra quem lidera por 19-6), os outsiders abaixo referidos e, numa eventual final, ou Marin Cilic ou o também outsider Kyle Edmund.
Pois é, e agora? Estará a pressão do lado dele, ou do lado do checo, que depois de se desenvencilhar de Fabio Fognini bem lembrou que já bateu o número 2 mundial em torneios do Grand Slam?
Tennys Sandgren vs. Hyeon Chung
Se não é o encontro dos quartos de final de um torneio do Grand Slam mais surpreendente das últimas décadas, andará lá perto. Tennys Sandgren, o número 97 do mundo, nunca tinha somado uma vitória num torneio do Grand Slam (na verdade, tinha apenas dois triunfos no circuito, um deles por desistência) e já deixou pelo caminho o ex-campeão Stan Wawrinka e Dominic Thiem, depois de quatro horas de jogo e cinco sets emocionantes. Já Hyeon Chung, consegue ter um caminho ainda mais impressionante: eliminou de forma consecutiva o alemão Alexander Zverev e o por seis vezes campeão Novak Djokovic.
Quem vence? É um duelo imprevisível onde manda a experiência recente não arriscar previsões, mas Chung é, dos dois, o que tem mais ténis…
