Hyeon Chung é o rapaz homem do momento. Aos 21 anos, o sul-coreano derrotou Novak Djokovic em três sets para se tornar no primeiro tenista coreano da história a chegar aos quartos de final de um torneio do Grand Slam. Naturalmente, não poderia estar mais feliz e na entrevista realizada em court abriu o coração.
“Estou muito feliz. Não sei como é que ganhei. Estou honrado por ter jogado com o Novak e feliz por o ver de volta ao circuito”, começou por dizer o número 58 do mundo ao ex-número 1 mundial, Jim Courier, e aos cerca de 15.000 adeptos que preencheram as bancadas da Rod Laver Arena durante todo o encontro.
“Não consigo acreditar. O sonho tornou-se realidade esta noite”, continuou o jovem sul-coreano, que construiu a vitória com pancadas (e jogadas) em muito semelhantes às do tenista sérvio. Algo que o próprio explicou na mesma conversa: “Quando era novo tentava copiar o Novak porque ele é o meu ídolo.”
Campeão da primeira edição do Next Gen Finals, o “Masters” do circuito masculino para os jogadores com 21 ou menos anos, que se realizou pela primeira vez em Milão no final de 2017, Hyeon Chung disse ainda que ao 3-3 do tiebreak do terceiro set, quando perdeu três pontos seguidos e trocou de lado, “estava a pensar que estou 2-0 acima em sets e se perder este tenho mais duas hipóteses, por isso tenho mais duas horas. Sou mais novo do que o Novak, não quero saber!”
E se em inglês se mostrou algo reservado na antevisão ao encontro com Tennys Sandgren, tal como ele uma das figuras desta edição do Australian Open, quando se dirigiu em coreano aos seus compatriotas afirmou que “isto ainda não acabou e espero dar-vos mais alegrias na quarta-feira.”
Independentemente do que aconteça, sairá de Melbourne com inúmeras razões para celebrar. Uma delas, o facto de já ter obtido o melhor resultado de sempre para o seu país nos torneios mais importantes do calendário.