Perspetivava-se um duelo disputado entre Caroline Garcia e Madison Keys, no confronto entre ambas referente aos oitavos de final do Australian Open, mas a verdade é que a norte-americana não esteve pelos ajustes e condenou a sua adversária a uma derrota sem mácula sentenciada com os parciais de 6-3 e 6-2, ao cabo de 68 minutos.
Garcia, diga-se, já havia tremido um pouco nos embates das rondas anteriores, designadamente frente a Vondrousova e Sasnovich, onde precisou de três sets para se superiorizar a duas tenistas bem menos cotadas. Frente a Keys, o seu primeiro grande teste na prova, precisava de se apresentar num nível superior para ombrear com a finalista do US Open de 2017, mas não esteve nos seus dias e lamentou a fraca exibição.
“Estive muito abaixo do que posso fazer. O meu desempenho foi dececionante e sei que posso fazer muito melhor que isto”, afirmou a tenista francesa, em declarações prestadas ao L’Équipe, no final de um encontro que até começou com dois jogos muito equilibrados e discutidos nas vantagens.
Questionada sobre se uma eventual vantagem de 2-0 na primeira partida poderia ter mudado o rumo dos acontecimentos (Garcia começou com break de vantagem e teve ponto para o 2-0), a número 8 da hierarquia desvalorizou um cenário que, como sublinhou, não chegou a verificar-se. “Não sei. Como não aconteceu, não posso saber. Fiz o break no primeiro jogo e podia ter feito o 2-0, mas não consegui”, analisou.
Uma das explicações para o desaire de Caroline Garcia está na baixa percentagem de serviço, com 51% dos pontos ganhos com o primeiro e apenas 29% com o segundo. A francesa salientou este aspeto, reconhecendo que o seu serviço “não esteve à altura” e que, em suma, “tinha que elevar o meu nível de jogo hoje e não consegui fazê-lo”.