Em 1997, aventurava-se Lleytton Hewitt no Australian Open pela primeira vez, o australiano tinha um sonho. Agora, 21 anos depois, também. É outro, mas tem. E continua vivo, dado que este domingo se apurou para os quartos de final da competição de pares — onde compete ao lado de Sam Groth.
No que ao ex-número 1 mundial diz respeito, já se sabe, o ténis está sempre presente. Foi por isso que depois de “pendurar as raquetes”, há exatamente dois anos, se manteve sempre no circuito — como conselheiro e, mais recentemente, como capitão da Austrália na Taça Davis. Mas há em Hewitt o “bichinho” que de vez em quando o faz ter saudades do circuito e que em janeiro deste ano o fez despertar o regresso ao campo na condição de jogador.
Primeiro em Brisbane, onde jogou ao lado de Jordan Thompson, e depois no evento de exibição Fast4Tennis, em Sydney, com Nick Kyrgios. Antes de chegar a Melbourne, jogou singulares no Tie Break Tens e não só deu muito trabalho a Rafael Nadal, como venceu Novak Djokovic.
Até chegar ao Australian Open, o grande “foco” deste regresso. E é no Grand Slam do seu país, o “seu” Grand Slam (que esteve perto de vencer, quando chegou à final no ano de 2005) que mais está a brilhar. Este domingo, e de forma discreta mas não despercebida, os dois jogadores da casa carimbaram a passagem aos quartos de final do torneio: Pablo Andujar e Albert Ramos desistiram quando o marcador ainda assinalava um 3-3 no primeiro parcial.
Como próximos adversários, Hewitt e Groth (que aos 30 anos se prepara para colocar um ponto final na carreira após este torneio) Juan Sebastian Cabal e Robert Farah, 11.º cabeças de série, que se viram livres do histórico Leander Paes e o seu parceiro Purav Raja por simples 6-1 e 6-2.