É já uma espécie de tradição do Australian Open: ano após ano, o primeiro Major da temporada apresenta novas jogadoras ao mundo. Ou, pelo menos, dá-lhes um palco maior para brilharem e escreverem manchetes maiores. Afinal, é esse o espírito dos torneios do Grand Slam.
E este ano uma das grandes histórias está a ser a de Elise Mertens, que na jornada de hoje, domingo, somou a nona vitória consecutiva para se estrear em quartos de final de torneios desta categoria. Aos 22 anos, a belga aprende com uma das melhores de sempre do seu país — treina na Academia de Kim Clijsters, na pequena cidade de Bree — e está a começar a nova época de forma imparável.
Para chegar aos quartos de final, Mertens teve de derrotar Viktoria Kuzmova (6-2 e 6-1), Daria Gavrilova (7-5 e 6-3), Alize Cornet (7-5 e 6-4) e, já este domingo, a croata Petra Martic (81.ª, por 7-6[5] e 7-5) que tal como ela procurava a primeira presença numa fase tão adiantada de um torneio do Grand Slam.
Todos estes triunfos aumentam a contagem da jovem e talentosa tenista belga para nove, dado que na semana anterior já tinha feito o que ao início parecia muito difícil: defender o título de campeã em Hobart, onde terminou a derrotar Mihaela Buzărnescu na grande final, por 6-1, 4-6 e 6-3.
A história mais incrível fica se lhe dissermos que há um ano a jogadora belga não pôde disputar o Australian Open. O motivo? Deu-se “demasiado bem” em Hobart, o que fez com que não conseguisse chegar a tempo à fase de qualificação do Major australiano.
Porque não se quer ficar por aqui, Elise Mertens olha agora para o encontro dos quartos de final, onde terá como adversária a vencedora do duelo entre Denisa Allertova e a ucraniana Elina Svitolina, quarta cabeça de série. E, enquanto o regresso aos courts não acontece, pode olhar para as palavras de Caroline Wozniacki, que na sua conferência de imprensa garantiu que “vamos ver mais dela no futuro.”