Melbourne, 16 de janeiro de 2018. O palco? A Rod Laver Arena, nada mais, nada menos do que um local sagrado para o ténis mundial e, claro está, para qualquer tenista australiano em particular. Em campo, Ashleigh Barty e Aryna Sabalenka. Nas bancadas do maior court do Australian Open, cerca de 15.000 espetadores.
O que aconteceu esta terça-feira em Melbourne traduz-se numa grande vitória para a jovem tenista da casa, que batalhou da desvantagem de um set a zero para seguir para a segunda ronda. Mas antes dessa vitória de Barty se concretizar (pelos parciais de 6-7[2], 6-4 e 6-4), houve uma atitude do público australiano que marcou o encontro — e o dia — pelas piores razões.
Depois de várias trocas de bola prolongadas e entusiasmantes, a árbitra de cadeira do encontro pediu — num gesto habitual em encontros com características semelhantes — ao público que não gritasse entre os pontos, de forma a não perturbar as jogadoras. O que a esse pedido se seguiu foi uma atitude hostil que mancha a imagem dos espetadores e deixa muito a desejar: das bancadas, começaram a ouvir-se gritos que tinham como objetivo replicar o grito feito por Sabalenka quando bate na bola.
A atitude lamentável agravou-se de tal forma que a própria árbitra teve de intervir novamente, pedindo “cortesia pelas jogadoras”, e através das imagens captadas pela equipa de televisão presente é possível ver que Ashleigh Barty não ficou nada agradada com a atitude dos seus compatriotas.