A polémica instaurou-se no fim de semana, quando o Daily Mail noticiou que Novak Djokovic teria procedido a um longo discurso onde apresentou a sua revolta relativamente aos prémios atribuídos aos jogadores. A essa notícia, seguiram-se as declarações de alguns jogadores e jornalistas, que deram a sua versão sobre da história. E esta terça feira foi a vez do próprio Novak Djokovic se pronunciar.
Em conferência de imprensa depois da sua vitória no encontro da primeira ronda do Australian Open, o tenista sérvio de 30 anos começou por desmentir muito do que foi dito nas últimas 48 horas: “Vi que alguns de vocês escreveram histórias um pouco exageradas. Tiraram as coisas de contexto e retrataram-me como alguém que é muito ganancioso, que pede mais dinheiro e que quer fazer um boicote.”
Respeito a vossa liberdade e decisão de fazer isso, mas não há muito do que tenha sido escrito que seja verdade
Na mesma conferência de imprensa, Djokovic negou ainda outras das informações que tinham sido adiantadas pelo Daily Mail no fim de semana: “Não houve conversas no sentido de fazer um boicote e nunca houve a intenção de expulsar alguém da sala. Foi tudo feito de uma forma muito normal e educada. Os jogadores queriam estar sozinhos, éramos cerca de 100 na sala”. Nem boicote, nem advogado — segundo o sérvio, não havia nenhum profissional de direito na reunião de jogadores.
“O que aconteceu foi que nós, jogadores, queríamos falar sobre certos assuntos. Não acho que haja nada de errado nisso. Reunimo-nos, cerca de 100 jogadores reunem-se por duas ou três vezes no ano e este é um dos locais em que isso acontece. Queríamos juntar-nos para discutir alguns assuntos e conhecer as opiniões de vários jogadores, porque nem sempre temos a oportunidade de o fazer.”
Sem se querer alongar no assunto com receio de que “o que digo seja tirado de contexto”, Novak Djokovic afirmou ainda que “toda a gente está a tentar fazer o seu melhor e as coisas estão a caminhar na direção certa.”
