Parece finalmente ter chegado ao fim a novela relativa à participação de Bernard Tomic no Australian Open. Tudo começou no passado mês de dezembro quando a Federação de Ténis Australiana decidiu não atribuir um wild card ao tenista de 25 anos. Posto isto – e principalmente devido ao péssimo ano de 2017 que o remeteu até ao 140º posto do ranking mundial – o controverso jogador teria obrigatoriamente de disputar a fase de qualificação do Happy Slam.
Durante as últimas semanas a participação do jogador natural de Estugarda no qualifying revelou-se uma autêntica incógnita. A ausência nos primeiros torneios pontuáveis de 2018 (desistiu do Brisbane International) juntamente com as recentes declarações por parte do diretor do Australian Open (alegando que Tomic não fazia intenções de comparecer na fase de qualificação) fazia querer que o aussie de fato iria falhar o maior torneio do seu país.
Mas afinal o “bom” filho a casa torna. O ex-número 17 mundial viajou mesmo para Melbourne não abdicando da sua posição no qualifying e mostra-se pronto e motivado para abrir caminho até ao quadro principal do primeiro Major do ano.
Foi em conversa com jornalistas do canal 7 News, de Brisbane, que referiu: “Na última fase de qualificação que joguei em Wimbeldon [2011] acabei por chegar aos quartos de final por isso é algo pelo qual estou ansioso e espero jogar bem”. De recordar que em janeiro do ano passado, Tomic estabeleceu-se como o melhor jogador da casa em competição, atingindo a terceira ronda.
Em termos de preparação, essa passará somente pela comparência no evento de exibição Kooyong Classic, no qual tem encontro marcado esta madrugada com o japonês Yoshihito Nishioka. Já o periodo de qualificação do Grand Slam, inicia-se já na próxima quarta feira, dia 10 de janeiro.
As preocupações de Lleyton Hewitt e o futuro na Taça Davis
Quem irá acompanhar de perto o percurso do polémico tenista australiano é o capitão da
equipa nacional Lleyton Hewitt. Principalmente tendo em conta que o ano transato ficou marcado por um conjunto de atitudes impróprias por parte de Tomic (multa de 20.000$ em Wimbeldon), que culminou no seu afastamento da selecção. Em condições normais, o ex-quartofinalista do Major britânico seria reconhecidamente uma mais valia no seio das escolhas de Hewitt para as próximas convocatórias.
Citado pelo website local TheAge, o antigo número um mundial mostra-se apreensivo pela situação atual do compatriota: “Vamos ver como corre. Ainda não falei com ele. Estou preocupado com a direção com que isto parece estar a ir neste momento. Ele é o número 140 e penso que toda a gente sabe que vale mais que isso. No final de contas, ele só tem de se comprometer e dar 100% cada vez que pisar um court”, refletiu.