Indiscutivelmente um símbolo de longevidade e continuo sucesso ao mesmo tempo, Roger Federer deu uma interessante entrevista no final do encontro frente a Alexander Zverev, ao comparar os seus hábitos de treino de hoje em dia com os de início de carreira. Para o suíço a principal diferença está no tempo passado em court e na qualidade desse mesmo tempo.
“Quando és mais novo tens de investir nas horas. Tens de provar a ti mesmo que consegues estar quatro horas no court, que consegues treinar dez dias consecutivos. É mais a parte mental, precisas de provar a ti mesmo que o consegues fazer. O teu jogo precisa que estejas em campo e que treines o físico para evitares lesões”, afirmou o número dois mundial.
No entanto, com o passar dos anos os hábitos mudam e as prioridades também, passando os treinos a serem mais rigorosos e com maior qualidade. “À medida que ficas mais velho passa a contar mais a qualidade do que a quantidade, pois a quantidade faz com que seja o corpo a pagar. Já joguei quase 1.500 jogos na minha carreira por isso tenho de ter cuidado”, alertou o suíço, que segue esse método de treino à risca, o que faz com que tenha tempo para outras coisas além do ténis.
“Isso é bom, pois agora trabalho em part-time. Treino de manhã e tenho a tarde livre para fazer o que me apetecer. É bom ser um pai, é bom ser marido, é bom ser tenista. Tenho o melhor dos dois mundos”, concluiu sobre o assunto.