Associação de farmacêuticos corrompe a justificação de Thomaz Bellucci

Bellucci Thomaz
Fotografia: Aaron M. Sprecher/ROCC

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (uma associação de farmacêuticos brasileiros) considera que a justificação dada pelo tenista Thomaz Bellucci para ter acusado positivo num controlo antidoping é pouco credível.

O tenista brasileiro, que nesse mesmo teste acusou a presença da substância hidroclorotiazide, defendeu-se dizendo que “houve a contaminação de um suplemento polivitamínico [legal e que consome de forma regular] por parte da farmácia” responsável pela preparação dos suplementos do atleta.

No entanto, para a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais, esta trata-se de uma ocorrência improvável. “O processo de preparação dos medicamentos é seguro e não permite a contaminação”, referiu o presidente do conselho de administração da respetiva associação, Ademir Valério.

Porém, caso essa contaminação ocorresse, esta seria revelada pela presença de outros fármacos, além das referidas substâncias proibidas. “Admitindo que existisse um eventual equívoco no processo, que levasse à contaminação acidental, necessariamente haveria também a presença de outros fármacos combinados com essas substâncias, uma vez que elas estão sempre em associação nos medicamentos manipulados”, mencionou.

No entanto, o proprietário e responsável da farmácia Body Lab, Sadi Perini, a qual se encontrava encarregue pela preparação dos suplementos de Bellucci, garante que a contaminação nunca se verificou no seu estabelecimento. “Há mais de 30 anos que trabalho neste campo. Trabalhei com a seleção brasileira de 1998, trabalho com o Botafogo (Clube de Futebol brasileiro) e nunca tivemos sequer um caso de contaminação. É muito estranho que isto só aconteça com os tenistas”.

“Toda a gente está farta de saber que os atletas utilizam a contaminação cruzada como desculpa quando são apanhados em controlos antidoping por substâncias específicas e não por drogas recreativas. Usam esta justificação porque não têm outra”, referiu Perini.

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