À entrada para o segundo dia de competição no Grupo Pete Sampras, as contas eram claras: Grigor Dimitrov qualificava-se para as meias-finais com uma vitória sobre David Goffin, enquanto o belga precisava de vencer em dois parciais ou, em caso de triunfo “na distância”, aguardar que Pablo Carreño-Busta superasse Dominic Thiem na sessão noturna desta quarta-feira do Nitto ATP Finals, em Londres.
E a verdade é que a vitória obtida pelo “pequeno grande” David Goffin frente a Rafael Nadal — entretanto já fora do torneio por problemas físicos — na jornada de terça-feira vinha adoçar e muito esta jornada. Mas tanto deu a prometer, que no final os espetadores que aderiram em massa a esta sessão diurna na O2 Arena ficaram à espera de mais.
Porquê? Porque tão depressa Grigor Dimitrov tomou controlo do encontro como David Goffin faltou à chamada. O melhor será mesmo falar de números: o búlgaro venceu 12 dos 14 jogos disputados. Isso mesmo, 12 de 14, o que significa que quebrou por cinco vezes o serviço do tenista belga e se manteve sempre irrepreensível no saque, apesar de ter terminado o primeiro set com 74% de primeiros serviços falhados.
É um daqueles casos em que os números falam por si: Goffin não apareceu e Dimitrov limitou-se a fazer os serviços mínimos, que neste caso se transformam numa segunda vitória e, consequentemente, no primeiro lugar do grupo garantido e apuramento para as meias-finais.
Aos 26 anos, o tenista búlgaro está finalmente a corresponder às elevadíssimas expetativas que nele foram colocadas. E a começar da melhor forma esta que é a sua primeira participação no “Masters” do circuito masculino, juntando-se para já a Roger Federer — que já tem garantida a vitória no Grupo Boris Becker — nas meias-finais.