Gonçalo Falcão: “Este jogo tem de ser uma referência para eu acreditar que posso jogar a um nível muito melhor”

BELOURA – Era o duelo mais aguardado do dia e a verdade é que não desiludiu — muito pelo contrário: superou as expetativas, com Gonçalo Falcão a dar muito boa réplica frente a João Sousa e a só perder por equilibrados 7-5 e 7-6(3) em quase duas horas de encontro.

Por isso, foi com satisfação que o tenista cascalense analisou o jogo em declarações ao RAQUETC, apesar de ressalvar que “uma derrota nunca sabe bem, seja com quem for não é positivo e por isso é óbvio que não estou contente, mas estou satisfeito com o nível a que consegui jogar.”

“Sou realista e sei que contra um jogador que está vários níveis acima de mim não estava à espera que o resultado fosse tão equilibrado. No geral foi positivo, joguei bem durante muito tempo, o que é sempre difícil porque há sempre altos e baixos”, continuou Falcão, antes de abordar um dos pontos que lhe foi elogiado por Frederico Marques.

“Sabia exatamente o que tinha de fazer contra o João porque felizmente é fácil vê-lo várias vezes a jogar, porque está sempre a dar na televisão. Informei-me com pessoas que se dão mais com ele e que costumam assistir a mais encontros dele e assim foi-me fácil mas como disse eu já sabia exatamente o que tinha de fazer. Aliás, é isso o essencial antes dos encontros: saber exatamente o plano de jogo e os pontos fracos e fortes de cada jogador. Mas muitas vezes saber não basta, tem de se passar à prática também”, continuou.

De volta ao nível de jogo, que recolheu bastantes elogios, Gonçalo Falcão admite que “o problema é realmente conseguir manter o nível de janeiro a dezembro. Aliás, este ano já tive vários bons jogos contra jogadores não top 100 mas top 300, 400 mas em que no fim não consegui concretizar porque lá está, sou um jogador de muitos altos e baixo e se calhar esse é o meu problema durante vários anos.”

Nisso, este encontro poderá ter um papel fundamental: “Este jogo tem de ser uma referência para eu acreditar que posso jogar a um nível muito melhor e por isso é um jogo ao qual me vou agarrar e vou ter como referência no futuro. Quero voltar a fazer uma boa pré-época, fazer mais uma temporada e se der o salto aos 30 anos para mim não é tarde.”

Já afastado dos singulares, Gonçalo Falcão mantém-se em prova na variante de pares, onde ao lado de Francisco Cabral já está nas meias-finais, e o objetivo é, diz, “claramente ser campeões.”

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