Entre nervos e sustos, Roger Federer é rei, senhor e campeão em Basileia pela 8.ª vez

Os meses passam mas a fome de títulos de Roger Federer parece não desaparecer (pelo contrário) e este domingo o suíço voltou a atacar. Aos 36 anos, sagrou-se campeão do Swiss Indoors Basel pela oitava vez e cumpriu um dos dois objetivos que definiu para a reta final da temporada de 2017.

Depois da vitória autoritária sobre David Goffin nas meias-finais, a estrela da casa via-se frente a frente com Juan Martin del Potro pela terceira vez na história do torneio. E, uma vez mais, numa final: depois dos duelos em 2012 e 2013, que terminaram com vitórias para a Torre de Tandil em três longos e equilibrados parciais, o ano de 2017 voltou a ver suíço e argentino em lados opostos da rede numa “final de sonho” em Basileia — pela primeira vez desde que o torneio entrega 500 pontos ao campeão.

Se na jornada de sábado Roger Federer se tornou no primeiro jogador da história do circuito ATP a atingir 13 finais num único torneio, este domingo cumpriu o objetivo de “ganhar em Basileia” — um dos dois títulos a que apontava neste final de época, a par do Nitto ATP Finals. Mas para isso foi preciso sofrer, descarregar alguma frustração e trabalhar muito.

Tudo porque, uma vez mais, Juan Martin del Potro o forçou a três parciais sobre os seus compatriotas, que uma vez mais esgotaram o St. Jakobshalle, arena que serve de “casa” para este torneio de categoria ATP 500. Desta vez até foi o helvético quem entrou melhor, visto ter estado em vantagem por um break no parcial inaugural por duas vezes e, já no tiebreak, ter liderado por 3-0 antes de perder sete dos últimos nove pontos.

Em desvantagem e a dar constantemente sinais de descontentamento com o ténis que ia apresentando, Roger Federer demorou algum tempo a voltar a criar dificuldades de maior ao “gigante” argentino. Só que o segundo set acabou mesmo por cair para o seu lado — com um relaxamento imperdoável por parte de del Potro no jogo de serviço final — e, a partir daí, o encontro tomou outras dimensões.

Sim, o suíço ainda cedeu o break no jogo inaugural do terceiro parcial, mas devolveu-a no imediato e conseguiu voltar — pela primeira vez desde que “desligou” do encontro — à liderança, que não viria a largar até chegar ao resultado de 6-7(5), 6-4 e 6-3 e colocar as mãos no troféu de campeão pela oitava vez.

Os números falam por si: Roger Federer é o campeão do Swiss Indoors Basel pela oitava vez na carreira, juntando o “seu” torneio ao de Wimbledon no segundo lugar da lista daqueles em que tem mais vitórias (já venceu por nove vezes em Halle, na Alemanha). E a oitava vez em Basileia significa a sétima vez em 2017, o que lhe permite isolar-se no primeiro lugar da lista de jogadores com mais troféus conquistados este ano, à frente de Rafael Nadal — o jogador de quem se continua a aproximar no ranking ATP — e, também, no segundo lugar da história (à frente de Ivan Lendl, que tem 94, e só atrás de Jimmy Connors, com 109).

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