Acompanhado pela sua entourage, Rafael Nadal aterrou esta terça-feira em solo espanhol para uns merecidos dias de descanso, após uma quinzena nova-iorquina que culminou com a conquista do terceiro título de campeão do US Open.
Mas ainda antes de atravessar o Atlântico, o número 1 mundial esteve à conversa com o El País, em Nova Iorque, no dia seguinte ao jogo da final em que derrotou Kevin Anderson, colocando em evidência a felicidade e o seu bem-estar, em detrimento dos troféus.
“Os títulos podem trazer muita felicidade, adrenalina e satisfação, mas, a longo prazo, a felicidade é proporcionada por muitas outras coisas. O sucesso humano é mais importante para mim: ter amigos e ter um bom relacionamento com as pessoas à minha volta, isso é o mais importante de tudo. O que mais me importa é ser uma boa pessoa”, esclareceu o maiorquino.
Nadal é um “animal” competitivo e nem as largas dezenas de títulos que compõem o seu palmarés, a juntar ao epíteto de um dos melhores tenistas de todos os tempos, atenuam a sua sede de vitória. Mas quando não está no court, o líder do ranking assegura que leva uma vida perfeitamente normal.
“Tenho uma vida normal, quando estou em casa. Sou como qualquer outra pessoa, como qualquer um dos meus amigos”, disse, referindo também algumas das suas preocupações: “as coisas básicas da vida, como a saúde — não tanto em termos de lesões, mas doenças”.
Aos 31 anos, Rafael Nadal ainda não pensa em pendurar as raquetes, mas lá vai dizendo que, quando esse inevitável momento chegar, haverá outras coisas que o façam feliz. “Tenho a sorte de ser um apaixonado pelo desporto em geral, e não apenas pelo ténis, quer como fã, quer como jogador. Já afirmei diversas vezes que, quando chegar a hora [de terminar a carreira], haverá muitas outras coisas que me farão muito feliz”.