Presidente da Federação sul-africana de ténis admite que Kevin Anderson não tem sido suficientemente apoiado

Fotografia: US Open

Kevin Anderson superou todas as expectativas ao ser um dos protagonistas da final da 137.ª edição do US Open. Aos 31 anos, o sul-africano tornou-se no primeiro tenista do seu país a disputar, na Era Open, o derradeiro encontro do Grand Slam norte-americano.

A prestação de Anderson gerou grande entusiasmo na África do Sul, ainda que a relação entre o atual 15.º classificado do ranking e a Federação sul-africana (TSA) de ténis já tenha conhecido melhores dias.

“Em nome da TSA, quero felicitar Kevin Anderson pela sua excelente campanha em Nova Iorque. Esta mensagem não é apenas dos dirigentes da TSA, mas também de muitos jovens tenistas, tenistas de clubes e tenistas veteranos da África do Sul. Pessoas que amam o nosso desporto e que o querem ver crescer”, afirmou Richard Glover, o Presidente da TSA, em comunicado divulgado esta segunda-feira.

Kevin Anderson abdicou de jogar a Taça Davis pelo seu país em 2011, muito antes de Glover assumir o comando daquela instituição. “Só entrei na TSA no final do ano passado, pelo que ainda tenho pouco conhecimento sobre o que realmente se passou entre o Kevin e a TSA. No entanto, depois de já ter falado com o Kevin, com a sua mãe e com vários membros da TSA, cheguei à conclusão que o apoio prestado pela federação ao Kevin não tem sido suficiente”, admitiu.

Richard Glover, que reconheceu que Kevin Anderson “não tem recebido o crédito que merece” no seu país, classifica o finalista do US Open como sendo uma pessoa com “classe” e “inteligente”. “Ele é um grande embaixador do nosso desporto. É um homem inteligente e ponderado, uma pessoa com classe, qualidade e caráter, que se preocupa com o seu país”, apontou.

O dirigente considerou ainda, no mesmo comunicado, que o feito de Kevin Anderson pode servir de catalisador para os tenistas mais novos. “Acreditamos que a bravura do Kevin em Nova Iorque será uma inspiração para que a geração de jovens tenistas sul-africanos jogue ténis. A prestação do Kevin mostra que, com coragem, determinação e trabalho árduo, se pode chegar ao patamar mais alto da modalidade”, sublinhou.

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