Sloane Stephens completa regresso triunfal com troféu de campeã do US Open

Fotografia: USTA/Darren Carroll

Um conto de fadas, o sonho americano, enfim, uma história inesquecível: aos 24 anos, Sloane Stephens conquistou este sábado o título de campeã de singulares femininos do US Open, ao vencer uma final 100% norte-americana frente à amiga Madison Keys, por 6-3 e 6-0. Depois de um ano infernal, marcado por uma grave lesão, o regresso dourado.

Para se compreender a dimensão desta vitória é preciso recuar no tempo — mas não por muitos dias, porque foi só em Wimbledon que Stephens regressou à competição. Parada durante 11 meses devido a uma grave lesão no pé, a tenista norte-americana de 24 anos voltou ao circuito com toda a calma do mundo e viu os resultados atropelarem expetativas e devolverem-na à ribalta mais rápido do que qualquer um poderia prever.

Chegou às meias-finais em Toronto e em Cincinnati e, já em Nova Iorque, fez o que agora se sabe: derrotou Roberta Vinci, Dominika Cibulkova, Ashleigh Barty, Julia Goerges, Anastasija Sevastova e Venus Williams até chegar à final, uma final 100% composta por tenistas da casa e que assegura, até para os mais céticos, a continuidade do ténis feminino dos Estados Unidos da América quando chegar o momento de despedida das para sempre históricas Serena e Venus Williams.

E por falar nas mais bem sucedidas irmãs da história do ténis, também elas estão ligadas a esta final: Stephens e Keys cresceram a vê-las jogar (tinham, respetivamente, quatro e dois anos quando Venus jogou em Flushing Meadows a sua primeira final).

Na final deste sábado, num jogo de “melhores amigas até à morte”, Sloane Stephens conseguiu reagir melhor à nova experiência. Foi mais forte, lidou melhor com a pressão e a presença de 23.000 espetadores (lotação esgotada no maior estádio do mundo) e a importância de um momento que, como se sabe, pode definir uma carreira.

Sloane Stephens foi sempre melhor. No serviço, na resposta, na consistência e em inteligência de jogo. A jogadora natural de Plantation, Flórida soube ser paciente e se não procurou tanto o winner quanto a sua adversária foi porque de forma consciente apostou em ao mesmo tempo não cometer tantos erros não forçados. Os números provam-no: cometeu apenas 6 erros não forçados contra 30.

Chegada a hora da verdade, mais do mesmo: pressão? Talvez, mas nervos de aço. Tudo aquilo de que uma campeã precisa para brilhar. Com os holofotes apontados à sua figura, Sloane Stephens viveu aquilo com que sempre sonhou: a conquista de um torneio do Grand Slam. E mais: aquilo com que qualquer menino ou menina nascidos nos Estados Unidos da América sonha: ganhar… E ganhar em Flushing Meadows.

No dia 31 de julho, era a 957.ª posicionada no ranking. Menos de dois meses depois, será a 17.ª.

Agora, o regresso terminou. Este é um novo capítulo na vida (e na carreira) de Sloane Stephens. Um capítulo como campeã — e logo como campeã de um torneio do Grand Slam.

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