Garbiñe Muguruza. O sonho de família é agora, mais do que nunca, uma realidade

Fotografia: USTA

Quando Garbiñe Muguruza nasceu, já Scarlet Blanco, a mãe venezuelana, e José Antonio Muguruza, o pai espanhol, tinham como sonho de família ver um filho singrar no ténis. Isto porque Asier e Igor, os dois filhos mais velhos, se aventuraram desde cedo no mundo das raquetes.

Mas foi a partir do ano de 1996, três anos depois da jovem com nacionalidade espanhola e venezuelana nascer, que a verdadeira aventura começou. Por observar constantemente os irmãos, Garbiñe quis “saltar para dentro do campo, pegar numa raquete e experimentar” quando tinha apenas três anos, de acordo com o que contou à revista VOGUE numa entrevista recente.

E assim foi. Era demasiado nova para poder entrar numa das poucas escolas de ténis existentes num país onde a tradição do ténis era pouca, quase inexistente, e por isso teve de esperar um ano. Mas entrou. E rapidamente se tornou melhor, melhor e melhor — a melhor entre as da sua idade. Até que, quando tinha seis anos, a família tomou a decisão de se mudar para a Bruguera Tennis Academy, em Espanha, um país com uma dimensão tenística incomparável à da Venezuela.

Os anos passaram e com eles chegou a decisão mais difícil da sua carreira: escolher entre representar um e outro país. Isto porque, como revelou a poucas semanas de ter de a tomar, “tenho família em ambos os países, pelo que independentemente do que decida alguns deles vão ficar chateados comigo.” Acabou por escolher a Espanha e é com essa bandeira “ao peito” que na próxima semana subirá ao primeiro lugar do ranking. Aos 23 anos, como campeã de Roland Garros (2016) e Wimbledon (2017), onde já disputou duas finais.

O sonho de família é agora, mais do que nunca, uma realidade. E uma realidade vivida por muito poucas jogadoras — 24, para sermos mais precisos. A última delas, Karolina Pliskova, a checa que chegou à posição há cerca de dois meses e que hoje perdeu nas meias-finais do US Open, falhando a defesa dos pontos de que precisava para não ser ultrapassada.

Líderes do ranking ordenadas por ordem cronológica:

  1. Chris Evert (3 de novembro de 1975)
  2. Evonne Goolagong Cawley
  3. Martina Navratilova
  4. Tracy Austin
  5. Steffi Graf
  6. Monica Seles
  7. Arantxa Sánchez Vicario
  8. Martina Hingis
  9. Lindsay Davenport
  10. Jennifer Capriati
  11. Venus Williams
  12. Serena Williams
  13. Kim Clijsters
  14. Justine Henin
  15. Amélie Mauresmo
  16. Maria Sharapova
  17. Ana Ivanovic
  18. Jelena Jankovic
  19. Dinara Safina
  20. Caroline Wozniacki
  21. Victoria Azarenka
  22. Angelique Kerber
  23. Karolina Pliskova (17 de julho de 2017)
  24. Garbiñe Muguruza (11 de setembro de 2017)
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