A prestação de Pablo Carreño Busta (19.º) na 137.ª edição do US Open tem sido bastante objetiva e sem “floreados”: em cinco encontros disputados, o espanhol de 25 anos somou outras tantas vitórias, todas em sets diretos, o que é verdadeiramente notável.
Para chegar às meias-finais de singulares de um torneio do Grand Slam pela primeira vez na carreira, o campeão em título do Millennium Estoril Open derrotou esta terça-feira um Diego Schwartzman (33.º) algo diminuído fisicamente, por 6-4, 6-4 e 6-2, num encontro dirigido pelo português Carlos Ramos.
O primeiro duelo de carreira entre ambos teve honras de Arthur Ashe Stadium, o maior estádio de ténis do mundo, mas soube a pouco. O espanhol esteve sempre no comando das operações, não encontrou do outro lado da rede uma verdadeira ameaça durante a contenda e por isso nem precisou de jogar ao seu melhor nível para eliminar o argentino, o tenista mais baixo do top 100 (1.70 metros).
Em termos estatísticos, há a salientar os 12 pontos ganhos à rede (em 18 subidas) por Carreño Busta (em 2016, no torneio de pares, só foi derrotado na final) e a boa eficácia no aproveitamento dos pontos de break (seis em oito), para além dos 30 winners disparados para um total de 30 erros não forçados. Já Schwartzman converteu somente duas em dez oportunidades de quebra.
Antes de Schwartzman, recorde-se, Carreño Busta havia deixado pelo caminho quatro tenistas oriundo da fase de qualificação — King, Norrie, Mahut e Shapovalov –, sendo que o seu adversário nas meias-finais será o norte-americano Sam Querrey ou o sul-africano Kevin Anderson.
Com esta magnífica campanha em Flushing Meadows, o espanhol de Gijón é atualmente o 10.º classificado da hierarquia virtual (e 8.º na corrida ao Masters de Londres).