Foi um Roger Federer confiante e eficaz aquele que se apresentou aos 23.000 espetadores que esgotaram a sessão noturna deste sábado no Artur Ashe Stadium, o maior palco do mundo, permitindo-lhes respirar de alívio depois de duas primeiras rondas muito complicadas.
O suíço, que nas duas primeiras rondas precisara de cinco sets para vencer Frances Tiafoe e Mikhail Youzhny, teve como adversário na 3.ª ronda Feliciano Lopez e se o frente a frente poderia servir de indicar claro de que seria uma etapa com pouca história, a verdade é que as exibições nas rondas anteriores colocavam dúvidas na forma e hipóteses do suíço e o espanhol, que já tinha derrotado Andrey Kuznetsov e o sempre perigoso e compatriota Fernando Verdasco, podia aproveitar.
Mas não. Esta noite, Federer esteve muito melhor. Muito mais eficaz, muito mais perigoso e autoritário no seu serviço. A título de exemplo, no primeiro set perdeu apenas 2 pontos com o seu saque, no segundo 11 e no terceiro Feliciano Lopez ficou um pouco mais solto e já sem qualquer pressão, o que lhe permitiu alguma recuperação. Ainda assim, o espanhol não teve armas para fechar o parcial e complicar realmente a tarefa ao número 3 mundial.
Com três sets a serem suficientes, o helvético de 36 anos saiu de campo quando passavam apenas 106 minutos do início de encontro, mas a sessão noturna já estava bem atrasada. Tudo porque horas antes Agnieszka Radwanska e Rafael Nadal se viram em longas batalhas (a polaca acabou mesmo eliminada).
Para o suíço, segue-se Philipp Kohlschreiber, e a verdade é que assim, passo a passo, estamos cada vez mais próximos de um inédito confronto entre Roger Federer e Rafael Nadal — os dois últimos jogadores a poderem sair de Nova Iorque como líderes do ranking — no US Open, o único torneio do Grand Slam onde até hoje (apesar dos já 37 encontros registados entre ambos) nunca se defrontaram.