Maria Sharapova fez demasiados erros não forçados e desenhou a sua saída do US Open

Fotografia: USTA/Darren Carroll

Chegou ao fim a prestação de Maria Sharapova no US Open: a tenista russa foi este domingo derrotada (5-7, 6-4 e 6-2) por Anastasija Sevastova na quarta ronda do Major norte-americano, que marcou o seu regresso aos torneios do Grand Slam mais de um ano e meio depois.

Meia centena. Na verdade, até um pouco mais: ao longo das 2h16 de encontro, a tenista russa de 30 anos cometeu nada mais, nada menos do que 51 erros não forçados, enquanto a letã de 27, campeã do Estoril Open, no Jamor, em 2010, se ficou pelos… 14.

E foi aí que esteve a chave do encontro: Sharapova, que até entrou melhor (chegou rapidamente ao 4-1), começou aos poucos a perder gás e eficácia. O drive volley, uma pancada que habitualmente efetua com uma precisão superior à média, foi um dos recursos que mais lhe falou.

E depois Anastasija Sevastova leu muito bem a situação. Consciente do baixar de rendimento da russa, a número 17 do mundo jogou de forma muito inteligente para criar o máximo de dificuldades possíveis a Sharapova, movimentando-a de um lado ao outro do court, de trás para a frente e de frente para trás para recuperar e ganhar terreno.

Porque o difícil não é colocar-se em posição de vencer mas sim concretizar, Sevastova estudou bem a lição e manteve-se calma quando o tinha de fazer. Mesmo que isso tenha significado ver a russa assinar vários pontos impressionantes com a sua pancada de direita aqui e ali. Como este.

No fundo, Anastasija Sevastova foi mais inteligente e conseguiu — com muitos slicesamorties — retirar ritmo a Maria Sharapova, que saiu rapidamente da sua zona de conforto e deixou de ter soluções. A dada altura, a russa teve inclusive de chamar o fisioterapeuta ao court, para atenuar as dores causadas por bolhas na mão direita.

Nos quartos de final, Sevastova terá como próxima adversária a norte-americana Sloane Stephens, que derrotou Julia Goerges por 6-3, 1-6 e 6-1 para se apurar para os quartos de final de um torneio do Grand Slam pela terceira vez na carreira e primeira “em casa”. Desde que regressou à competição depois de cerca de um ano de ausência devido a lesão, Stephens já subiu mais de 900 lugares no ranking, estando agora no 51.º posto. Tudo isto em apenas um mês.

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