BELOURA – Pela quarta vez em 2017, João Monteiro despediu-se de um torneio Future na condição de campeão. Desta feita, na Beloura, onde regressou à competição e derrotou Fred Gil num duelo 100% português.
Depois do encontro, em que somou o 54.º triunfo só em encontros de singulares esta temporada, o portuense número 294 do ranking mundial esteve à conversa com o RAQUETC.
“Foi uma semana um bocadinho do menos para o mais: tive uma primeira ronda um pouco complicada e depois senti que tinha de jogar melhor, mas hoje foi realmente o meu maior desafio da semana. Acho que o Fred teve uma semana espetacular, jogou muito bem a semana toda e sabia que ia ser muito complicado hoje”, começou por dizer Monteiro depois de vencer Gil pela segunda vez na carreira, agora em dois sets.
Satisfeito com a forma como se exibiu no segundo set, em que diz ter jogado “bastante melhor do que no primeiro” e conseguiu “tirar alguma carga de nervosismo de cima de mim”, o tenista português de 23 anos revela que “ser o alvo a abater é uma experiência nova para mim, mas isso é só no papel. Depois uma pessoa tem de ir para dentro do court e demonstrá-lo.”
Com “18 pontos fundamentais para o meu objetivo” (transitar para o circuito Challenger) garantidos, Monteiro afirma que “quando mais cedo o alcançar, mais tranquilo fico”, mas com um discurso sempre muito consciente: “Não vale a pena dar um passo maior do que a perna. Neste momento estou a pensar neste torneio que ganhei, ainda no próximo e depois há um 25.000 em Oliveira de Azeméis portanto não estou com grande pressa. Sei que mais cedo ou mais tarde se o meu nível evoluir e continuar a evoluir o salto para os Challengers vai ser automático.”