Serena Williams encontra-se afastada da competição, por estar grávida. Ainda assim, a norte-americana, que aponta o regresso ao circuito para o próximo ano, mantém-se atenta à atualidade da modalidade e a um tema sobre o qual já se pronunciou inúmeras vezes: racismo.
Num texto assinado por si esta segunda-feira na revista Fortune, a ex-número 1 mundial lembrou alguns episódios difíceis vividos na sua infância, devido à cor da sua pele. “Disseram-me, na minha adolescência, que não conseguiria concretizar os meus sonhos porque era mulher, mas sobretudo por causa da cor da minha pele. Tive que aprender a defender-me em todas as fases da minha vida”.
O racismo é um tema transversal e por isso Serena Williams sublinhou que o mesmo está dentro da modalidade. “Fui tratada injustamente e desrespeitada por colegas do sexo masculino e, em momentos mais dolorosos, fui tema de comentários racistas dentro e fora do court. Felizmente, o apoio familiar e os amigos que tenho ajudaram-me a superar essas situações. Mas são injustiças que ainda doem”.
A luta pela igualdade de género parece não ter fim e Williams quer fazer parte dessa batalha. “Os ciclos de pobreza, discriminação e sexismo são muito, muito mais difíceis de quebrar do que o recorde de títulos do Grand Slam. É por isso que com a minha perspetiva e experiência como atleta, empresária e mulher negra quero ajudar a criar um ambiente mais inclusivo nesta indústria branca e dominada por homens”, vincou.
