O treinador de Garbiñe Muguruza, Sam Sumyk, falou ao jornal espanhol El Mundo, momentos após a vitória da sua pupila nas meias-finais de Wimbledon e consequente apuramento para uma segunda final de carreira no Grand Slam britânico.
Durante a entrevista, realizada por telefone, Sumyk revelou não estar surpreendido com o nível de ténis apresentado pela atleta de 23 anos no All England Club: “Na verdade, não estou surpreendido com o seu ténis. A Alicia Cebrián [fisioterapeuta de Muguruza] e o Laurent Lafitte [preparador físico] têm muito a ver com isso. E, claro está, a própria Garbiñe. O trabalho progressivo que temos vindo a fazer nos últimos meses proporcionou uma evolução e os resultados começam agora a aparecer”, afirmou.
Questionado sobre a importância de Conchita Martínez neste salto qualitativo da sua atleta, Sumyk não negou que a adição da capitã espanhola da Fed Cup e da Taça Davis à equipa para Wimbledon foi determinante: “A Conchita é uma grande pessoa que faz com que as coisas sejam melhores. É uma incorporação magnífica na nossa equipa e sempre nos demos bem, ainda antes das convocatórias para a Fed Cup. Comecei a falar com ela durante o US Open de 2015, um pouco antes de começar a trabalhar com a Garbiñe. A nossa relação é muito natural e ela gera harmonia”, disse, acrescentando ainda que “em nenhum momento nos equivocámos ao contar com ela” para ajudar Garbiñe Muguruza a triunfar em solo inglês.
Na antevisão à final de sábado, frente a Venus Williams, Sam Sumyk recusou-se a atribuir favoritismos e não poupou nos elogios à veterana norte-americana: “É uma jogadora excecional. Garbiñe vai jogar contra uma das melhores de sempre num grande palco. Falarei com ela e com a Conchita para, entre nós os três, prepararmos o jogo com a máxima atenção.”
“Nas últimas rondas não existem favoritos, muito menos num torneio como este. E se tivesse que atribuir favoritismos, atribuiria à Venus que ganhou cinco vezes em Wimbledon e tem um grande palmarés. Está muito mais familiarizada com este tipo de ocasião. Agora, em 2017, a história pode ser outra”, concluiu.
Recorde-se que Sam Sumyk não está a acompanhar Garbiñe Muguruza em Wimbledon devido a questões familiares.
Garbiñe Muguruza e Venus Williams jogam este sábado, a partir das 14h00, a final de singulares femininos de Wimbledon. Esta será a segunda vez que a tenista espanhola disputa o derradeiro encontro do Major britânico e poderá marcar a conquista do seu segundo título do Grand Slam, depois de ter vencido Roland Garros em 2016. Já a norte-americana procura, aos 37 anos, o oitavo título do Grand Slam e o sexto no All England Club.