Conchita Martínez está a acompanhar Garbiñe Muguruza nesta quinzena de Wimbledon, fruto da ausência de Sam Sumyk, treinador da tenista espanhola, devido a razões familiares. A capitã espanhola da Fed Cup e da Taça Davis, que sabe o que é sagrar-se campeã no All England Club (1994), está naturalmente orgulhosa e satisfeita com o desempenho da sua compatriota.
“A Garbiñe esteve muito solta, fez uma boa seleção de pancadas, perante uma adversária com um estilo de jogo muito diferente e que não lhe deu grande ritmo. Ela [Garbiñe] foi fantástica”, analisou a treinadora espanhola, em declarações publicadas na edição online do jornal As, na sequência da vitória desta quinta-feira frente a Magdalena Rybarikova.
No sábado, Muguruza, de 23 anos, vai disputar a sua terceira final em torneios do Grand Slam. Venus Williams, cinco vezes campeã da prova e um dos grandes nomes da modalidade, é a adversária que separa a antiga número 2 mundial do seu segundo título Major. “Venus está muito confortável nesta superfície. É poderosa e está a jogar muito bem. Vai querer impor o seu jogo, pelo que a Garbiñe precisará de jogar solta e exibir o seu melhor ténis”, frisou Conchita.
A presença na final do torneio mais prestigiado do mundo não é novidade para Muguruza, que em 2015 perdeu frente a Serena Williams. “Quanto mais finais jogares, melhor. É algo que te dá mais experiência”, observou a antiga tenista, que indicou o caminho para a vitória da sua pupila: “As bolas chegarão com muita velocidade e ela terá que estar ágil de movimentos. É necessário tirar Venus da sua zona de conforto”.
O confronto direto é favorável à norte-americana de 37 anos, com três vitórias (a última em 2015), mas a espanhola venceu o único embate entre ambas realizado este ano, nos quartos de final do torneio de Roma, por 6-2, 3-6 e 6-2. Conchita Martínez recusa-se a apontar favoritismos: “Numa final, o que tens a fazer é jogar ténis sem pensar em favoritismos”.