Aos 34 anos, Gilles Muller está a viver a melhor temporada da carreira. Já com 2 títulos (aos quais junta ainda uma final no Millennium Estoril Open), o luxemburguês apresentou-se no All England Club como um grande candidato a uma surpresa e a verdade é que a conseguiu: derrotou Rafael Nadal num dos melhores encontros dos últimos anos e está nos quartos de final de Wimbledon.
Pouco tempo depois, na conferência de imprensa de rescaldo à vitória, Gilles Muller, que é o atual número 26 do mundo, não hesitou quando chegou a hora de comentar o que acabara de conseguir: “Esta é, sem dúvida, a maior vitória da minha carreira, por ter sido nesta fase de um torneio do Grand Slam e frente a um dos jogadores que tem dominado o ténis nos últimos anos.”
Apesar de já contar com 34 primaveras, Gilles Muller encontrou em 2017 o seu melhor ténis e parece saber a razão por trás do sucesso: “Acho que a principal razão para os meus resultados este ano é o facto de ter conseguido jogar épocas completas nos últimos três ou quatro anos, algo que até agora não tinha sido possível porque tive muitas lesões.”
E o luxemburguês vai mais longe, afirmando mesmo que “a última lesão que tive foi, provavelmente, a melhor coisa que alguma vez me aconteceu: como tive problemas com o meu cotovelo, não conseguia pegar numa raquete e isso permitiu-me trabalhar fisicamente e ficar na minha melhor forma de sempre.”
Consciente de que teriam “só mais 10 ou 15 minutos” até que o encontro fosse interrompido devido à falta de luz natural, Gilles Muller admitiu ter-se sentido “muito aliviado” assim que conseguiu converter o último match point.