A alemã Angelique Kerber manifestou esta segunda-feira, após a sua derrota frente à espanhola Garbiñe Muguruza nos oitavos de final de Wimbledon, alguma surpresa pelo facto de o seu jogo não ter sido marcado para um dos courts principais do All England Club.
Com o calendário desta segunda-feira debaixo de várias críticas, a (ainda) número um mundial viu as suas expectativas defraudadas quando a ordem de jogos para a Manic Monday ditou que o seu duelo com Muguruza seria no Court No.2. “Eu estava à espera de jogar num dos dois courts principais”, afirmou a tenista germânica de 29 anos, em conferência de imprensa, que vai fazer chegar a sua opinião à organização do torneio. “Talvez fale com eles, ainda que a decisão não seja tomada por mim, mas sim por outros.”
O diretor do torneio, Richard Lewis, foi rápido a justificar o facto de o calendário ter sido feito dessa maneira: “Não diria que se deve a favoritismos mas sim à escolha de jogos que encabecem cartazes. Não tem que ver com ser masculino ou feminino, mas com os jogos que sentes que o público e as emissoras querem ver.”
Já Chris Evert questionou a falta de igualdade entre os circuitos. “Felizmente para o ténis masculino e infelizmente para o ténis feminino, este ano os quatro primeiros do ranking masculino têm muito valor nos cartazes e é difícil dizer que o Djokovic deveria jogar no Court No.2. Mas depois penso um pouco sobre esse argumento, porque no passado houve anos em que os jogos femininos foram mais atrativos para se ver, tinham nomes maiores e mesmo assim eles optaram por quatro homens e duas mulheres”, atirou a antiga campeã da prova, em declarações proferidas na BBC Radio 5 live.
Para além de Angelique Kerber também a letã Jelena Ostapenko, campeã em título de Roland Garros, manifestou algum desagrado por ter jogado no Court No.12 frente à ucraniana Elina Svitolina, número quatro mundial.