No total, foram sete as desistências na primeira ronda do quadro principal masculino em Wimbledon, um número bastante elevado e que fez com que este tema passasse a ser recorrente nas conferências de imprensa, muito por causa da questão da ética do desporto e de teorias que os jogadores só chegaram a entrar em court com o objetivo de levantar o prize money a que têm direito.
Questionado sobre o tema, Roger Federer deu a sua opinião, afirmando que os Grand Slams poderiam adotar regras para que o dinheiro auferido não seja uma razão única para entrar em court, tal como a ATP já implementou.
“A nível ATP, se tu não conseguires jogar eles dão-te na mesma o prize money. Talvez os Grand Slams devam adotar estas regras, pois possivelmente reduziríamos para metade o número de jogadores que desistem por lesão”, disse na conferência de imprensa, dando o seu ponto de vista sobre a ética da decisão de entrar em court sabendo que não está em condições.
“Um jogador não devia ir para o court sabendo que não consegue acabar o jogo. A questão é: ‘Eles acreditam que vão acabar?’ Se sim, concordo que entrem para o court. De outra forma, acho que deviam dar o lugar a outros”, comentou o tenista suíço que beneficiou da desistência de Dolgopolov quando estavam apenas decorridos 43 minutos de jogo.
