O momento de forma pode não ser o melhor, mas nem por isso Andy Murray deixa de ser um dos grandes alvos a “abater” em Wimbledon: o britânico será o primeiro cabeça de série, fruto do primeiro lugar que ocupa no ranking, e é o campeão em título. E em perseguição à posição cimeira da tabela ATP estarão três dos seus maiores rivais.
Com muitos (muitos) pontos a defender até ao final da temporada, o jogador da casa sabe que é “muito provável que perca o primeiro lugar nos próximos tempos”, mas diz estar “tudo bem” e querer ganhar o torneio de Wimbledon pelo que significaria para si um terceiro título e não para defender a posição no ranking.
Mas porque uma coisa não anula a outra, para juntar o “útil ao agradável” e depender apenas de si, Andy Murray teria de pelo menos repetir a presença na final para ficar garantidamente com o primeiro lugar à saída do All England Club. Caso contrário, quer Rafael Nadal, quer Stan Wawrinka, quer Novak Djokovic (os jogadores que se seguem na classificação) o podem ultrapassar.
O tenista espanhol é o que está em melhor posição de o conseguir, precisando para isso de chegar pelo menos à quarta ronda (caso perdesse nessa fase, poderia ver Murray chegar à mesma fase, Wawrinka à final e Djokovic à decisão, desde que o sérvio não ficasse com o troféu). Da quarta etapa para a frente, as contas ficarão cada vez mais favoráveis a Nadal em relação aos adversários.
Stan Wawrinka e Novak Djokovic têm pela frente tarefas relativamente semelhantes: enquanto o suíço (que está no 3.º lugar do ranking e procura em Wimbledon vencer o único torneio do Grand Slam que ainda não consta no seu palmarés) tem de conquistar o título e esperar que Murray e Nadal não cheguem à final, o sérvio (por três vezes campeão do torneio) tem de conquistar o título e esperar que Murray e Nadal não cheguem às meias-finais.
