Tim Smyczek: “Wimbledon faz questão de fazer um excelente trabalho para que não te sintas bem-vindo”

Jogado a pouco mais de 5 km do All England Club, nos courts de relva da Universidade de Roehampton, o qualifying de Wimbledon não tem a melhor fama dentro do circuito, muito por causa da forma como os tenistas se sentem em termos de acolhimento e condições de jogo para um torneio desta categoria.

O norte-americano Tim Smyczek, ex-número 68 mundial que passou pelo qualifying este ano acabando por ceder na segunda ronda, é um dos jogadores que se junta às críticas ao torneio britânico, depois de Gastão Elias já ter feito o mesmo recentemente.

“Toda a gente aqui faz um bom trabalho, os voluntários e toda a gente são muito bons. No entanto, Wimbledon em si faz questão de fazer um excelente trabalho para que não te sintas bem-vindo, como se não fizesses parte do torneio. É uma vergonha, porque nos outros Grand Slams fazem um bom trabalho”, criticou o atual número 195 do ranking ATP em declarações ao The New York Times.

“Somos os piores dos piores, sem dúvidas, e isso não é segredo para ninguém. Durante anos e anos toda a gente se sente assim. É a melhor sensação do mundo quando passas o qualifying, mas quando perdes é um sentimento terrível”, explicou o tenista de 29 anos, que afirma ainda que teria gostado de ver Sharapova disputar a fase de qualificação de maneira a que pudesse viver esta realidade e assim poder dar a sua opinião, que com certeza teria uma maior visibilidade.

“Se viesse acredito que ela tivesse dito algo como: “Não acredito que deixam as pessoas, os qualifiers, jogarem num sítio como este”. Sinto-me mal em ser negativo no que toca a este assunto, mas já estive no quadro principal e é impossível comparar. É muito mau ela não estar aqui”, concluiu.

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