Apesar de só ter regressado à competição há pouco mais de um mês, depois de uma intervenção cirúrgica à mão esquerda na sequência de um assalto na sua própria casa, Petra Kvitova é uma das principais favoritas à conquista do torneio de Wimbledon. A checa de 27 anos sabe o que é vencer no All England Club (2011 e 2014) e a preparação para o Grand Slam britânico não podia ter sido melhor.
“Ainda estou surpreendida pela forma como joguei no segundo torneio, após o regresso aos courts. Creio que jogar em relva é algo que me dá confiança extra. Sei que posso jogar bem nesta superfície, ainda que seja difícil apontar a percentagem em que se encontra o meu nível de jogo atual”, começou por afirmar a tenista checa, este sábado, em conferência de imprensa.
Kvitova, que no passado dia 25 conquistou o título de campeã do torneio de Birmingham, está a jogar bom ténis, mas ainda assim mantém-se com os pés bem assentes na terra (ou na relva, neste caso). “O meu primeiro objetivo é fazer o melhor possível na primeira ronda. Penso que ainda tenho alguns aspetos a melhorar no meu jogo, para de facto alcançar o nível que pretendo”.
A primeira adversária de Kvitova é a sueca Johanna Larsson, que não tem qualquer vitória em Wimbledon, e o encontro terá lugar já esta segunda-feira. Contudo, as seis derrotas de Larsson em encontros de estreia no All England Club não tiram o foco à 12.º classificada do ranking, que sabe o que tem a fazer para entrar com o pé direito.
“Ela é muito boa no capítulo do serviço e tem uma grande direita. Creio que também tem uma boa esquerda em slice e executa bons amorties. Ela está a jogar um pouco diferente em relação às outras tenistas, mas acredito que a chave do encontro seja conseguir manter o meu serviço e quebrar o dela”, indicou.
Juntamente com Maria Sharapova, Serena Williams é a grande ausente da 131.ª edição do terceiro Grand Slam da época, mas nem por isso o quadro feminino deixa de ter qualidade, assegura Kvitova. “Acho que temos grandes jogadoras no quadro, ainda que a Serena não esteja cá. Há várias tenistas candidatas ao título, é uma edição muito aberta”.
Quando voltou a pegar na raquete, no final de março, Petra Kvitova desejava regressar a Wimbledon já este ano, porque, como a própria frisa, “Wimbledon é como se fosse a minha segunda casa. Este local traz-me sempre boas memórias”. Bem-vinda, Petra!