João Monteiro foi eliminado na tarde desta segunda-feira na ronda inaugural do Lisboa Belém Open após ceder ao cabo de três partidas frente a Taro Daniel, quarto-finalista da edição deste ano do Millennium Estoril Open e número 93 mundial. Em análise após o encontro, o campeão nacional absoluto revelou estar triste pelo resultado mas satisfeito com a sua exibição.
“Infelizmente caíram os dois jogos para o outro lado. Por um lado acho que joguei bem, mas por outro lado gostava de ter saído deste jogo com a vitória. No segundo set senti que estava por cima mas depois no terceiro set foi algo estranho. Cronologicamente, entrei um bocado nervoso, com o break inicial a acabar por definir o primeiro set. Fui sempre atrás do prejuízo mas acabou por cair para o lado dele. No primeiro set estava também com dificuldades na resposta ao serviço mas depois penso que fui mais agressivo”, começou por afirmar Monteiro.
Sobre a paragem no encontro devido a um medical time out requisitado (assistência às costas) por Taro Daniel, João Monteiro afirmou que “foi muito grande, durou quase 10 minutos com o resultado em 5-4”, sendo que “depois houve uma paragem para a manutenção do campo que são mais 5 minutos, portanto estamos ali parados quase 20 minutos. Não sei se perdi energia, não sei bem o que aconteceu. Mas sinto que joguei um bocadinho pior no terceiro set. Estávamos ambos mais cansados. Tenho de dar mérito, porque se ele está no lugar onde está é porque se calhar chega a estes momentos e torna-se mais duro.”
“A única coisa que sinto neste momento é que preciso de mais jogos destes, sinto que é preciso mais e mais e mais. Mais destes jogos porque faz pouco tempo que estou nestes torneios e acho que uma pessoa sente um bocadinho a diferença de um jogador destes para os jogadores que andam nos Futures e é um jogador que não vai dar nenhuma bola. Estamos um bocado habituados se calhar a outro nível a ter uma borla aqui ou ali e com estes jogadores eles não vão dar nada por isso torna-se mais complicado, sem dúvida”, apontou o jogador portuense de 23 anos.
Acerca da evolução constante e positiva na hierarquia, João Monteiro desvaloriza um pouco isso e prefere concentrar-se em desenvolver o seu jogo.”Sinto que o ranking não é enganador e tenho subido bem mas neste momento não estou muito obcecado em subir o mais rapidamente possível. Tenho de melhorar o meu jogo, tenho de me adaptar um bocado melhor à terra batida porque estive muito tempo a jogar só em piso rápido e não me sinto ainda como um ‘peixe na água’ em terra batida. Acho que estou a evoluir o meu jogo, a minha direita está melhor do que estava quando comecei a jogar este tipo de torneios há um ano e o resto acaba por acontecer.”
Quanto ao calendário e à escolha dos torneios e respetivas superfícies, João Monteiro afirma que “é uma programação feita pelos treinadores do Centro de Alto Rendimento e depois deste Challenger vamos jogar bastantes semanas em piso rápido mas acho que tenho de me habituar, tenho de me adaptar à terra batida porque não sou propriamente um jogador muito alto e se calhar a terra batida poderá ser bastante importante para mim num futuro próximo. No piso rápido há jogadores mais altos que servem muito bem e isso torna-se complicado para um jogador mais baixo como eu, por isso não estou muito preocupado em jogar só em piso rápido. Acho que vou acabar por ir evoluindo na terra batida.”