A um passo da história: Rafael Nadal vai mesmo lutar por ‘La Décima’

Está simplesmente intratável. Apelidado de ‘Rei da Terra Batida’, Rafael Nadal voltou a fazer jus a esse nome ao qualificar-se pela 10.ª(!) vez na carreira para a final de Roland Garros, após bater Dominic Thiem ao fim de apenas três sets por 6-3, 6-4 e 6-0.

Sem qualquer parcial cedido e com apenas 22 jogos consentidos até às meias-finais, o tenista espanhol teve pela frente o único jogador a derrotá-lo esta temporada sobre o pó de tijolo, precisamente no último encontro entre ambos disputado em Roma. Para além disso, estavam frente a frente os dois jogadores com mais vitórias em terra batida este ano, 22 para cada lado.

Apesar dos melhores ingredientes estarem reunidos em pleno court Phillipe Chatrier, o encontro acabou por não ser o mais equilibrado, com o tenista natural de Maiorca a dominar os acontecimentos a seu bel-prazer, mostrando desde início que a derrota sofrida em Itália foi apenas um percalço.

Num encontro em que até foi o tenista austríaco a entrar melhor, quebrando de entrada Rafael Nadal, o espanhol rapidamente reagiu com um um contra break e a partir daí embalou para a conquista de um primeiro parcial mascado pelo maior número de erros do número 7 mundial (13) e pelo baixo aproveitamento de pontos ganhos no seu segundo serviço (3 em 11).

Depois de um set controlado por Nadal, o encontro entrou numa fase mais equilibrada e de maior qualidade, com os dois tenistas a somarem mais winners que erros não forçados. No entanto o austríaco continuou a não incomodar e sofreu o break bastante cedo, não tendo grandes hipóteses no serviço do espanhol.

Com dois sets abaixo frente ao melhor jogador de todos os tempos em terra batida, Thiem acusou o marcador, foi quebrado por três ocasiões e acabou mesmo por se despedir de Roland Garros com um redondo parcial de 6-0.

Posto isto, Nadal é o segundo finalista do segundo Grand Slam da temporada e terá pela frente Stan Wawrinka, naquela que vai ser a sua 22.ª final em torneios Major. A final será o fim de ciclo para um registo de ambos os jogadores, pois Nadal nunca perdeu uma final (9 em 9)em Paris e Stan Wawrinka nunca perdeu um final num torneio do Grand Slam (3 em 3).

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