Thiem expulsa o detentor do troféu e assume-se cada vez mais como candidato ao título

Caiu o campeão em título. Novak Djokovic, que há um ano completou o Grand Slam de carreira ao conquistar pela primeira vez o torneio de Roland Garros, foi esta quarta-feira afastado por Dominic Thiem (7-6[5], 6-3 e 6-0) nos quartos de final do Major francês. O austríaco é cada vez mais um sério candidato ao título em Paris.

Com cinco derrotas nos cinco encontros realizados frente a Novak Djokovic até hoje, o jovem tenista austríaco começou a construir uma nova dimensão da rivalidade desde cedo e demonstrou estar em campo para vencer. Mas o adversário não era um jogador qualquer e, mesmo não estando a viver os seus melhores dias, a tarefa não seria, por isso, propriamente fácil.

O primeiro set demonstrou-o: foi preciso recorrer a um tie break para se encontrar o vencedor do parcial inaugural, que só terminou depois de 73 minutos de jogo e quando Rafael Nadal já tinha carimbado a passagem para as “meias” ao ver o seu compatriota Pablo Carreño-Busta desistir quando já se encontrava na liderança no court Philippe-Chatrier.

Mas voltemos ao court Suzanne-Lenglen, onde aos poucos Thiem ia construindo o apuramento para a sua segunda meia-final em torneios do Grand Slam, novamente em Paris: muito, muito consistente e cada vez mais motivado, o número 7 do mundo, que em Madrid se estreara em finais de torneios Masters 1000, cortou os argumentos a Djokovic, que nem apoiado por Andre Agassi conseguiu reencontrar o seu melhor ténis.

Claramente mais à vontade do que o sérvio no pó de tijolo, Thiem deixou para trás a derrota explícita (6-1 e 6-0, isso mesmo, foram os parciais) sofrida nas meias-finais do torneio de Roma, o último que ambos disputaram antes de Roland Garros, e em duas horas e quinze minutos destronou Novak Djokovic do trono. Será a primeira final do Major francês nos últimos quatro anos a não contar com a presença do sérvio.

Apurado para as meias-finais de Roland Garros pela segunda vez consecutiva, Dominic Thiem procurará agora a primeira final em torneios do Grand Slam. Pela frente, um “gigante” ainda maior: nada mais, nada menos do que Rafael Nadal, o “rei” da terra batida, que está em busca do 10.º troféu no torneio. Para já, apenas uma coisa é certa: frente a frente estarão aqueles que são claramente os dois melhores jogadores em terra batida da atualidade, como o comprovou a final do torneio de Madrid, de elevadíssima qualidade.

Com este desaire nos quartos de final, Djokovic vai sair do top 2 mundial pela primeira vez desde julho de 2011, quando for conhecida a nova atualização de rankings.

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