Magnifique! Kristina Mladenovic derrota a campeã em título e o sonho continua vivo

“Forza! Allez! Come on! Vamos!” As línguas a que Kristina Mladenovic recorre são muitas e mesmo estando em território francês a tenista da casa opta por vários idiomas para celebrar os grandes feitos. Este domingo, conseguiu mais um, ao derrotar Garbine Muguruza, campeã em título, para chegar pela primeira vez aos quartos de final do torneio de Roland Garros.

Destemida quer fora, quer dentro do court, Mladenovic pisou o segundo maior palco do ténis francês com uma missão em mente. Nas bancadas, milhares de espetadores que a apoiavam rumo a esse objetivo. Mas do outro lado da rede estava uma jogadora credenciada e determinada em defender o troféu, por isso a tarefa não foi fácil.

Se o primeiro parcial ainda deu a entender que a francesa (que aparece na 14.ª posição do ranking, a melhor de carreira, fruto dos bons resultados que tem alcançado em 20179 poderia seguir em frente com uma vitória em parciais diretos, o segundo mostrou que a espanhola (5.ª na tabela) estava em campo para lutar. Afinal, na terra batida ainda é Muguruza quem tem o maior título.

Entre aplausos, (muitos) cântigos e coreografias de ânimo, “Kiki” Mladenovic recompôs-se e fez valer da veia desportiva — o pai foi jogador de andebol, a mãe de volleyball e o irmão joga futebol — para conhecer uma nova dimensão de emoções: a de levar a melhor num duelo muito disputado de parte a parte para surpreender a campeã em título, com 6-1, 3-6 e 6-4, para chegar pela primeira vez aos quartos de final do “seu” torneio do Grand Slam.

Se na primeira ronda Mladenovic chegou a assustar, tendo sido forçada a um terceiro set (3-6, 6-3, 9-7) frente a Jennifer Brady depois de ter sofrido de muitas dores nas costas — mais tarde veio a revelar que “se não se tratasse de Roland Garros, não tinha entrado em court” –, agora a francesa assume-se cada vez mais como uma das maiores candidatas ao título. Afinal, o sonho continua vivo e não só sabe o que é derrotar grandes jogadoras como já demonstrou não ter medo da pressão.

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