Nada de grave. Ou, pelo menos, foi essa a ideia que Kristina Mladenovic passou aos jornalistas presentes na conferência de imprensa pós-jogo, depois da número um francesa ter derrotado a norte-americana Jennifer Brady numa maratona de três horas no Court Philippe Chatrier, com parciais de 3-6, 6-3 e 9-7, acerca da lesão contraída no treino de domingo.
A tenista gaulesa, que ocupa o 14.º lugar no ranking WTA, lesionou-se nas costas durante o treino mas, mesmo assim, resolveu entrar em court para tentar o acesso à segunda ronda de Roland Garros, aconselhada pelos médicos. “Os médicos disseram para tentar e, não sei, é uma longa história”, começou por dizer.
“Estive a jogar durante três horas e tentei apenas encontrar uma forma de vencer. Não foi nada de perigoso mas, quando tens as costas bloqueadas e tudo muito apertado, não consegues efetuar rotações e servir. Apenas tentei encontrar uma forma de ganhar e não sei mesmo como o consegui fazer.”
Na visão de Kiki, não é fácil estar a jogar em casa e não conseguir dar o máximo: “É difícil quando estás a jogar no court central, em casa, a jogar um Grand Slam sem te sentires a 100% e tens centenas de pessoas a verem que não estás nas melhores condições e que não estás a ser tu mesma.”
“Servi o jogo todo na casa dos 140km/h e tentei, em termos táticos, dar uma oportunidade a mim mesma de me manter na luta, de vencer de alguma forma e de garantir que posso voltar a jogar daqui a dois dias e sem sentir nada”, disse, acrescentando de seguida que “os médicos dizem que não é nada sério” e que esta lesão “já aconteceu no passado”.
Recuperada ou não, Kristina Mladenovic vai voltar ao court esta quarta-feira para defrontar a italiana Sara Errani na segunda ronda do Major parisiense, naquele que será o terceiro jogo do dia no court Suzanne Lenglen, logo a seguir ao embate do português João Sousa com Novak Djokovic.