Depois da polémica, o desejado quadro principal para Paul-Henri Mathieu (e Sara Errani)

Muita tinta correu depois da Federação Francesa de Ténis (FFT) divulgar os wild cards para a edição de 2017 de Roland Garros. Entre os escolhidos não constava o nome de Paul-Henri Mathieu, jogador da “casa” que se preparava para disputar pela última vez o torneio, e as reações não tardaram.

A notícia publicada em francês no website oficial de Roland Garros esta sexta-feira não o refere, mas foram bastantes — inclusive gauleses — os jogadores a manifestarem o seu desagrado para com Bernard Giudicelli e a sua estrutura diretiva. Apesar de ter aceite a decisão da sua federação, o próprio jogador não concordou e mostrou o desagrado no Twitter, rede social à qual também recorreram Sergiy Stakhovsky (que apelidou de “vergonhosa” a decisão da FFT), Benoit Paire e Nicolas Mahut, entre outros.

Pois bem, com três rondas de qualificação pela frente o já bem trintão (35 anos de idade) cumpriu com distinção a tarefa para celebrar, perante um court cheio e rodeado de amigos e família, a chegada ao tão desejado e último quadro principal em Paris. Primeiro derrotou Tatsuma Ito, por 6-7(7), 6-2 e 6-2, depois Alejandro Gonzalez, por 7-5 e 6-1, e, já esta sexta-feira, Denis Kudla, com 6-3 e 6-4.

Do lado feminino, a contestação também existiu a partir do momento em que se constatou que Sara Errani, finalista no ano de 2012, não era uma das eleitas para receber um convite. Talvez (ou de certeza) por não ser uma jogadora francesa, a dimensão da constentação não foi tanta quanto a que surgiu sobre o “caso” Mathieu/FFT, mas ainda assim surgiu.

Até que esta sexta-feira, à semelhança do herói local, Errani reagiu. 6-3 e 6-0 foram os parciais da vitória sobre Nicole Gibbs, a terceira da transalpina esta semana, sempre em sets diretos e incontestáveis, o que significou o apuramento para o quadro principal de singulares.

Pequenina e calma mas ao mesmo tempo sempre muito competitiva, Sara Errani garantiu assim o regresso a um quadro onde já foi muito feliz — o quadro onde, em singulares, foi aliás mais feliz. Aos 30 anos, disputará pela 10.ª vez a grelha principal de Roland Garros, e não falha o quadro principal de um Major desde que fez a sua estreia, no US Open 2007. Já lá vão quase 10 anos.

Restantes qualifiers e respetivas colocações nos quadros:

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