Rafael Nadal: “Amanhã vou acordar muito feliz e vou querer fazer as coisas ainda melhor”

MADRIDRafael Nadal é, pela quinta vez, o grande campeão do Mutua Madrid Open. O tenista espanhol derrotou Dominic Thiem em dois sets, por 7-6(8) e 6-4, e igualou Novak Djokovic como recordista em torneios ATP Masters 1000 (ambos com 30 títulos a partir deste domingo).

Na conferência de imprensa que se realizou pouco depois da vitória emocionante do espanhol, que teve de batalhar por 2h15 para “arrancar” o triunfo em dois parciais, Nadal teve um discurso à altura de um verdadeiro campeão: “Tenho trabalhado bem e tento fazer as coisas da melhor forma possível, quer fora quer dentro do court. Aquilo que me importa é ser feliz e por isso faço as coisas que me deixam feliz.”

“Acho que estou a trabalhar bem e no bom caminho há bastante tempo. Agora os resultados estão a aparecer outra vez e isso permite-me continuar a fazer coisas. Amanhã vou acordar muito feliz e a querer fazer as coisas ainda melhor. É essa a alegria que me permite continuar, que faz com que eu continue vivo.”

“Treinar por treinar é aborrecido, não queres fazer isso e por isso precisas de motivação para melhorar, para mudar alguns detalhes. É isso que te mantém motivado a trabalhar dia após dia.”

Sobre o encontro em si, o tenista espanhol de 30 anos — que com o título ultrapassará Roger Federer no ranking (“roubando-lhe” o 4.º posto) e na Race to London (será o primeiro classificado) — disse que “foi um encontro muito complicado desde o início. Aqui, com a altitude, é muito difícil conseguir breaks contra um jogador como o Thiem. Devolver as bolas é difícil, especialmente quando ele as bate tão altas. Joguei com muita pressão desde o início mas felizmente consegui recuperar. Depois de quebrar de volta, acalmei-me.”

“Acho que fiz um bom primeiro set e no final tudo podia ter acontecido, mas acho que joguei bem nos momentos importantes e na fase final. Salvei alguns set points a jogar muito bem com a minha direita e depois dei o meu melhor. Sabia que depois o início do segundo set ia ser muito importante. Depois de um primeiro set como aquele é normal baixares um pouco o nível mas tive de jogar bem outra vez. Comecei com um break, que foi muito importante para o que tinha de fazer.”

Confrontado com a possibilidade de “saltar” o torneio de Roma de forma a estar fisicamente pronto para Roland Garros, o maiorquino descartou a hipótese, dizendo que “não ir a Itália não me garante que esteja em melhor forma em Roland Garros. Este ano não tenho nenhum problema, nenhuma lesão e é um torneio muito importante, por isso acho lógico ir a Roma e dar o meu melhor. Depois disso, terei alguns dias para descansar.”

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