Monte Carlo, Barcelona e Madrid. Nadal vence final espetacular e continua a reinar na terra batida

MADRID – Foi uma final imprópria para cardíacos aquela que Rafael Nadal e Dominic Thiem disputaram este domingo em Madrid, Espanha. O espanhol e o austríaco deram espetáculo “do bom” aos mais de 12.000 espetadores presentes na Caja Mágica durante 2h17, até que a vitória (com 7-6[8] e 6-4) sorriu ao jogador da casa, que assim fez a festa e aumentou os números que há muito fazem dele o “Rei da Terra Batida”.

Frente a frente no Estádio Manolo Santana estavam os dois melhores “guerreiros” sobre a terra batida da atualidade e se dúvidas existissem, os números comprovam-no: 14 vitórias para cada lado, com o austríaco a somar 2 derrotas (aí estava a maior diferença, dado o registo invicto do espanhol). Por isso, não foi surpresa ver Nadal e Thiem a batalhar por cada um dos pontos como se da chave do encontro se tratasse. Mas não deixou de ser notável vê-los a disputar uma das melhores finais da temporada.

Se se podia pensar que Thiem entraria nervoso (e até cansado, dado ter terminado a sua meia-final para lá da meia-noite, a menos de 18h da final…) na primeira final da carreira em torneios Masters 1000, o número 9 mundial fez exatamente o oposto. Entrou solto, destemido e determinado em criar dificuldades ao por quatro vezes campeão do torneio, conseguindo mesmo o primeiro break. À quebra seguiu-se uma intensa luta, que com três jogos consecutivos para o lado de Nadal começava a conhecer um outro lado. Só que de Thiem, já se sabe, tem de se esperar de tudo e o jovem austríaco manteve-se sempre em jogo, mesmo quando a 4-5 perdeu os três primeiros pontos no seu serviço e enfrentou três set points.

E de tanta luta oferecer, Dominic Thiem chegou mesmo aos set points, já no tiebreak. Mas aí a experiência fez a diferença e a direita de Nadal apareceu para dar a “mini” mas preciosa reviravolta ao espanhol, que fechou o set a 7-6(8) quando estavam decorridos 80 minutos de um emocionante encontro.

O equilíbrio do primeiro parcial transitou para o segundo, mas desta feita Nadal conseguiu o break de entrada e pôde respirar de alívio… Por breves segundos. A reação não se fez tardar e Thiem procurou (e encontrou) o ponto de break, que não converteu por muito pouco. E porque “quem não marca, sofre”, esse jogo serviu de rampa de lançamento para que Nadal segurasse o serviço em branco com um winner de esquerda que lhe valeu, à semelhança de muitos outros pontos, vários “uh, que buena!” e muitos aplausos das bancadas e assim avançasse na única direção desejada: a da vitória.

Para Dominic Thiem hoje não deu, mas a estrela austríaca em ascensão pode orgulhar-se (hoje talvez não consiga, mas quando olhar para trás) da sua primeira final em torneios Masters 1000. Forçou e complicou (e muito) a tarefa a Rafael Nadal, que teve de arrancar a ferros a vitória que lhe vale o 15.º triunfo em 15 encontros sobre terra batida esta temporada mas, sobretudo, o terceiro título consecutivo: depois de Monte Carlo (também Masters 1000) e Barcelona (ATP 500), agora o regresso aos triunfos em Madrid, no maior torneio do seu país.

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