Carreño precisou de “meter” a quinta para ultrapassar Robredo

Há coisas que nunca mudam, e quando dois tenistas espanhóis partilham o mesmo court, principalmente se este for de terra batida, a probabilidade de o público assistir a longas trocas de bola no fundo do court sobe exponencialmente, tal é o à-vontade com que se sentem naquela superfície. O handicap, dirão uns, é que já não têm a capacidade física necessária para ombrear de igual para igual com jovens com sangue na guelra, numa superfície tão exigente como é o pó de tijolo. O que não é o caso do veterano Tommy Robredo, que aos 35 anos (celebrados há dois dias) e fustigado por lesões nos últimos anos, dificultou a tarefa do seu compatriota Pablo Carreño, o primeiro cabeça de série desta 3.ª edição do Millennium Estoril Open, no primeiro encontro do dia no Estádio Millennium.

Separados por nove anos de diferença e por mais de duzentos lugares na classificação mundial, os dois tenistas espanhóis disputaram hoje o quarto embate de carreira entre ambos, com Pablo Carreño (21.º), finalista da prova em 2016, a vencer o seu compatriota e atual 287 ATP, por 7-6(5) e 7-5, pela primeira vez (em 2014, Robredo derrotara Carreño em três ocasiões).

Mas a vitória, como de resto indicam os parciais, esteve longe de ser fácil para o tenista natural de Gijón, que depois de um primeiro set extremamente equilibrado viu-se confrontado com uma desvantagem de 4-1 no set seguinte. No entanto, um “apagão” de Robredo, o primeiro de quatro tenistas que batem a esquerda a uma mão a entrar hoje em ação, permitiu a reentrada de Carreño na disputa pelo segundo parcial, com o tenista de 25 anos a não desperdiçar a oportunidade de fechar a contenda em duas partidas, num jogo disputado com temperaturas acima dos 30 graus.

Pablo Carreño, que este ano já disputou a final do torneio do Rio de Janeiro, tendo sido ainda semifinalista em Buenos Aires, São Paulo e Indian Wells, vai defrontar nos quartos de final quem vencer o próximo duelo agendado para o principal court do Clube de Ténis do Estoril, que colocará frente a frente Gastão Elias e Nicolas Almagro, o atual detentor do troféu.

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