Não dá duas sem três para Nick Kyrgios, que pelo terceiro ano consecutivo elege o Millennium Estoril Open como o seu primeiro torneio de terra batida da temporada. Finalista do torneio na primeira vinda a Portugal e semifinalista na segunda, o australiano foi esta quarta-feira confirmado pela organização do ATP 250 português para a edição de 2017, cujo cartaz começa a ficar cada vez mais composto (e luxuoso).
Em torneio onde se ganha não se mexe e o jovem tenista australiano parece sabê-lo, dado que depois de duas passagens muito bem sucedidas pelo Millennium Estoril Open está de regresso ao Clube de Ténis do Estoril, agora entre os dias 29 de abril e 7 de maio, para voltar a lutar pelo troféu de campeão.
A diferença entre a vinda deste ano em relação às das épocas anteriores é a que um jogador mais pode desejar: o enriquecimento do currículo. Se na primeira vez em que participou no torneio português procurava o primeiro título ATP (e esteve muito perto de o conseguir, só sendo travado por Richard Gasquet no encontro decisivo), na segunda vinha já com a vitória no sempre forte ATP 250 de Marselha. Agora, tem já três títulos conquistados — todos no último ano.
Mas há mais. Aos 21 anos, é o segundo jogador da história (o primeiro foi o seu compatriota e ídolo de infância, Lleyton Hewitt) a somar vitórias contra Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic à primeira tentativa, com a última das quais a ter acontecido muito recentemente, nos quartos de final do torneio de Acapulco, México.
Foi na localidade mexicana, aliás, que Kyrgios alcançou o melhor resultado da temporada até ao momento, oito dias depois de também ter chegado à penúltima fase do torneio de Marselha. Esta semana, no Masters 1000 de Indian Wells, já está nos oitavos de final, depois de na última madrugada ter dado espetáculo frente a Alexander Zverev (6-3 e 6-4) para marcar novo encontro com Novak Djokovic..
A confirmação da vinda de Nick Kyrgios faz com que o Millennium Estoril Open 2017 tenha, assim, mais um grande nome no cartaz. Recorde-se que o australiano se junta aos já anunciados Juan Martin del Potro (35.º no ranking um ano depois de ter “recomeçado” do zero, que é como quem diz, da 800.ª posição da tabela), João Sousa, o campeão em título Nicolas Almagro e o finalista vencido, Pablo Carreño-Busta, mas também os sempre perigosos Benoit Paire, Juan Monaco, Mikhail Youzhny, Denis Istomin (que derrotou Novak Djokovic em Melbourne) e a promessa Kyle Edmund.