John J. Haggerty, o advogado responsável pelo caso de Maria Sharapova, comunicou esta quarta-feira ao jornal The Guardian que acredita numa redução da suspensão aplicada à tenista russa. O advogado disse ainda considerá-la injusta e uma consequência da fama.
“Sempre encarámos isto como um processo com duas partes. Primeiro a ITF, e depois o CAS [Tribunal Arbitral do Desporto] para a decisão final. Estou satisfeito com a decisão unânime da ITF relativamente à falta de intenção da Maria em violar as regras, mas desapontado por lhe terem aplicado uma suspensão tão severa e injusta por ela ser uma atleta famosa e quererem fazer dela um exemplo”, lê-se no comunicado feito ao jornal britânico.
Haggerty mostra-se otimista em relação a uma redução da suspensão de dois anos (se assim se confirmar, Sharapova só poderá regressar na última semana de janeiro de 2018) que permitirá à ex-número um mundial “regressar rapidamente aos courts.”
O caso tornou-se público no passado dia 7 de março, quando, numa conferência de imprensa em Los Angeles, Maria Sharapova anunciou ter acusado positivo num controlo anti-doping a Meldonium durante o Australian Open. Por razões de saúde, a tenista russa tomou a substância por várias vezes na última década, sendo que só a partir de 1 de janeiro de 2016 esta passou a integrar a “lista negra” da Federação Internacional de Ténis.