Muito surpreendido com o anúncio feito por Maria Sharapova e insatisfeito com os poucos testes anti-doping que diz serem realizados mas esperançoso quanto ao futuro. Foi assim que Roger Federer se apresentou na conferência de imprensa desta quinta-feira em Miami, em que comentou vários dos assuntos que nos últimos meses têm dado que falar dentro do mundo do ténis e não só.
“Fiquei muito surpreendido. Pensei que ela [Maria Sharapova] ia anunciar o final da sua carreira ou algo assim, portanto fiquei muito surpreendido pelas notícias”, começou por afirmar. “Mas também acho que mostra que os jogadores famosos também podem ser apanhados pelo sistema, que parece estar a funcionar.”
A par dos comentários relacionados com a distribuição de prémios monetários, também o doping foi um dos assuntos bastante abordados em conferência de imprensa. O tenista de 34 anos considera que “o ténis está a melhorar muito em relação ao passado, está a ficar mais profissional. O programa [anti-doping] tem vindo a ficar maior e mais forte. Mas podem sempre fazer-se mais testes. Continuo a dizer que devíamos guardar as amostras de sangue durante 10 anos e [se as análises acusarem alguma substância proibida] acusar os jogadores mais tarde.”
A propósito dos testes realizados aos jogadores profissionais, Roger Federer disse ainda serem necessários mais testes: “Estou no Dubai há dez anos e só me testaram uma vez. Para mim, não é suficiente. Na Suíça fazem-me mais testes porque um dos controladores vive perto de mim. Veio ver-me depois da cirurgia e uma semana depois. No Dubai só o fizeram uma vez, durante os Jogos Asiáticos. Acho que em certos países os testes não são tão sérios quanto na Suíça. Gostava que houvessem mais e fossem iguais em todos os países.”
https://tenis-portugal.com/2016/03/24/roger-federer-sou-a-favor-de-uma-distribuicao-igual-dos-premios-monetarios/