GUIMARÃES – Até às últimas. Gastão Elias lutou até ao último ponto e vendeu cara, muito cara a derrota perante o austríaco Dominic Thiem, que só conseguiu vencer no tiebreak do quinto set. Em conferência de imprensa, o tenista português elogiou o público e criticou as cenas vividas em campo, onde o capitão da equipa austríaca acabou por ser um dos protagonistas pelas piores razões.
“O jogo de hoje foi bastante positivo e estou muito contente por ter conseguido jogar a este nível em frente ao público português. Sinto-me a jogar muito bem já há alguns meses, muito confiante, e os resultados estão a melhorar. Sinto cada vez mais que tenho ténis suficiente para jogar contra jogadores de alto nível, como aliás demonstrei hoje”, disse o jogador português de 25 anos.
Parte da conferência de imprensa da equipa nacional foi dedicada às cenas polémicas que se testemunharam em campo, com o capitão Stefan Koubek a interromper por diversas vezes o encontro por protestar com o árbitro de cadeira e o juíz-árbitro, levando a várias interrupções da partida.
“O que aconteceu hoje foi uma coisa que nunca me tinha acontecido, nem quando um jogador chama um médico ao campo se pára durante tanto tempo”, comentou Gastão Elias. “Afetou-me bastante porque fui servir [a 4-3 no último set] e estava completamente frio. Foi uma paragem absurda, foi muito tempo. A cada serviço ele [capitão da Áustria] parava, acho que aquilo não pode acontecer.”
“Pode acontecer uma vez, na seguinte o árbitro tem de fazer alguma coisa. Não pode parar o jogo cada vez que o capitão quer. Isso afetou-me, não se não fosse por isso pudesse ter ganho mas nunca se sabe”, concluiu Elias.
Quanto à recuperação para a jornada de sábado, em que voltará ao campo para disputar o encontro de pares ao lado de João Sousa, Gastão Elias afirmou que “o mental é mais importante que o físico. Amanhã [sábado] vou acordar dorido mas se estiver bem mentalmente a cabeça puxa pelo corpo e portanto acho que fisicamente não vou ter problemas.”
