Australian Open, Dia 12: Mão-cheia de finais para Andy Murray

Que maratona! Finalmente um encontro decidido no decisivo parcial (único desde os oitavos-de-final), onde a condição física e a experiência falaram mais alto. Um encontro muito equilibrado, e que obrigou aos dois intervenientes puxarem do seu melhor ténis. Está encontrado o adversário de Novak Djokovic para o derradeiro encontro, que dá pelo nome de Andy Murray.

Quem entrou melhor até foi Milos Raonic, que até agora tinha estado a apresentar um nível de jogo que nunca antes conseguira atingir, com uma entrada de rompante, onde conseguiu logo o break na partida inaugural, que o catapultou para a conquista do primeiro set. Mas a história do segundo parcial foi muito diferente, dado que o escocês assentou o seu ténis e Raonic acusou no momento de servir para não perder o parcial a 5-6.

Durante os três primeiros sets só ocorreram duas quebras de serviço, uma para cada lado, com o terceiro parcial a ser decidido no tie-break a favor do canadiano, que estava a disputar a segunda meia-final em torneios do Grand Slam, e esteve a apenas um parcial de se tornar o primeiro jogador canadiano a disputar uma final num torneio Major. O equilíbrio imperou até meio da quarto partida. Porém, a partir desse momento só deu Andy Murray: o duas vezes campeão de torneios do Grand Slam conseguiu inverter o rumo dos acontecimentos a seu favor.

Se no fim do quarto parcial Raonic apresentava dificuldades, no set decisivo o tenista de 25 anos já não conseguiu aguentar o ritmo imposto por Murray. Sofreu dois breaks consecutivos, e a partir daí o número 2 mundial só teve de concretizar os seus jogos de serviço para carimbar o passaporte para a final. O resultado estabeleceu-se pelos parciais de 4-6 7-5 6-7(4) 6-4 e 6-2, ao cabo de 4h03 de encontro. A experiência falou mais alto, e a condição física foi um elemento decisivo para a vitória na contenda, que coloca Andy Murray na sua quinta final em Melbourne Park.

“Ele tem um dos melhores serviços do circuito (disparou 23 ases em todo o encontro), por isso foi um pouco frustrante não ter hipóteses de discutir os seus jogos de serviço. Mas depois consegui adaptar-me, e essa foi a chave do encontro. Ele baixou muito o nível no 5.º set e eu consegui manter-me estável, o que me permitiu ser bem-sucedido”, comentou o escocês, ainda em court.

A 104.ª edição do torneio de singulares masculinos do Australian Open será então discutida novamente entre Novak Djokovic e Andy Murray, atualmente os dois melhores jogadores do mundo. Recorde-se que esta será a quarta vez (2011, 2013, 2015 e 2016) que o sérvio e o escocês medirão forças na decisão do Major australiano. O embate começa às 8h30 (em Portugal Continental) deste domingo e conta com transmissão no Eurosport.

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