Não há como negar: Novak Djokovic é o melhor jogador de ténis da atualidade e tem tudo do lado dele. O momento, os números e os títulos. Este domingo, o tenista sérvio fechou com uma vitória o ATP World Tour Finals para voltar a conquistar a prova disputada na O2 Arena, em Londres, e colocar um ponto final na temporada de 2015 — a melhor da sua carreira.
Em campo estavam os dois melhores tenistas do mundo. De um lado Novak Djokovic, o número um, e do outro Roger Federer, o número três que podia ser número dois novamente mas não o conseguiu. A O2 Arena apresentava-se completamente lotada para aquele que era o encontro a que todos queriam assistir, o desfecho da final ‘adiada’ em 2014, a repetição do embate a meio da semana. Faltou, no entanto, emoção e eficácia e nestas condições foi o tenista sérvio quem sorriu para, com os parciais de 6-3 6-4, conquistar o ‘Masters’ de final de ano pela quinta vez na sua carreira e uma inédita (em toda a história do ténis) quarta época consecutiva.
Com um Roger Federer totalmente bloqueado (muito diferente daquele que durante a semana o derrotara em dois sets rumo ao primeiro lugar do grupo) pela frente, Novak Djokovic soube aproveitar os cerca de trinta(!) erros não forçados do tenista suíço e aproveitar a falta de timing da pancada de esquerda do hexacampeão da prova para ter a palavra a dizer nos momentos decisivos de um embate sem grande história. Prova disso foi, aliás, a dupla-falta num momento importantíssimo com que Federer fechou o encontro.
Mas se na final deste domingo (que equilibrou a 22-22 as ‘contas’ entre Novak Djokovic e Roger Federer no frente-a-frente) faltou emoção, o mesmo não se pode dizer da temporada do tenista sérvio de 28 anos. Muito pelo contrário. Ao longo dos 11 meses de 2015, Djokovic conquistou 11 troféus de campeão em 15 finais disputadas (num total de 16 torneios), incluindo três títulos em torneios do Grand Slam (mais uma final), inéditos seis em torneios do Masters 1000 e um registo de 31-5 contra tenistas do top10 mundial, colocando-se em posição de adicionar esta temporada à lista das melhores de sempre da história do ténis.
Com o título conquistado, Novak Djokovic coloca-se ainda mais perto do recorde de Roger Federer, que hoje aumentou para 10 o número de finais disputadas e continua a contar com históricos seis troféus de campeão no torneio de encerramento do ano. Era o sonho de infância, é a realidade de adulto. E um até já a 2016, que está já ao virar da esquina.
Quanto ao ténis, ainda não se fica por aqui. Na próxima semana, já a partir de sexta-feira, Bélgica e Reino Unido disputam em Gent a final da Taça Davis e aí sim, será colocado um ponto final parágrafo na temporada oficial masculina de 2015.