Um encontro não é suficiente. Seis não o são. Novak Djokovic e Roger Federer querem mais e o estatuto de dois melhores jogadores da atualidade permite-lhes aumentarem os números. Este sábado, os dois jogadores venceram as respetivas meias-finais e assim marcam encontro pela segunda vez na presente semana no ATP World Tour Finals. Desta vez será pelo título e com sabor a realização de um duelo há muito adiado. Londres, agora vai mesmo acontecer.
No primeiro duelo ‘escaldante’ marcado para a jornada deste sábado, Novak Djokovic conseguiu uma vez mais fazer valer o estatuto de número um mundial irrevogável e deu poucas hipóteses a Rafael Nadal de brilhar depois de uma fase de grupos irrepreensível da parte do tenista espanhol. Vindo de três vitórias sobre jogadores do top10 mundial (algo que não conseguia há cerca de ano e meio), o ‘touro’ maiorquino pisou o court para discutir a batalha mas foi impedido pela agilidade do sérvio, que em apenas 1h19′ venceu por 6-3 6-3.
Autoritário do início ao fim, Novak Djokovic foi inclusive o primeiro a conseguir uma quebra de serviço e conseguiu-o no jogo inaugural do tenista espanhol (e logo em branco), um presságio de que voltava à O2 para alinhar uma exibição convincente. Assim foi e nem por uma vez Rafael Nadal teve uma hipótese de reagir aos jogos de serviço perdidos. Terminada a contenda, o frente-a-frente entre o sérvio e o espanhol regista agora 23 vitórias para cada(!) lado.
Posto o sol, chegada a noite, o público voltava a reunir-se nas bancadas da O2 Arena para assistir a uma meia-final que reeditava um polémico e equilibradíssimo encontro da edição de 2014: Roger Federer e Stanislas Wawrinka, números 3 e 4 mundiais, mediam forças e discutiam entre si a segunda e última vaga na grande decisão. Uma vez mais, agora sem polémica e de forma não tão equilibrada, levou a melhor o mais galardoado dos dois, por 7-5 6-3.
Bloqueados na resposta pelos excelentes serviços de ambos nos primeiros jogos do encontro, os dois jogadores voltaram a precisar de alguns jogos até entrarem verdadeiramente no jogo e Wawrinka aproveitou quebras de concentração do seu compatriota para se adiantar mesmo na partida, mas viria a sofrer do mesmo mal para desperdiçar uma vantagem que poderia ter tido outra palavra a dizer num encontro que com o avançar do relógio foi perdendo história e dando mais ‘portfolio’ a Roger Federer. Confiante na linha de fundo, confiante no meio do campo e confiante à rede, o hexacampeão da prova foi subindo no terreno para começar a intimidar o seu amigo e adversário e assim conseguir a sua 18.ª vitória nos 21 encontros 100% suíços em questão.
Novak Djokovic vs. Roger Federer. Eles não se cansam um do outro
É mais do mesmo sem o ser, porque quando Novak Djokovic e Roger Federer entram em campo e se vêem em lados opostos da rede nunca se sabe o que pode e vai acontecer. Amanhã, domingo 22, às 18h de Londres e Portugal Continental, os dois voltarão a medir forças. E o cenário é raro — é a segunda vez que o fazem esta semana, depois do tenista suíço ter levado a melhor na fase de grupos.
Será, na verdade, a 44.ª vez na história que os dois tenistas medirão forças no circuito profissional (com o equilíbrio a ser nota dominante), nona na presente temporada. Roger Federer lidera o frente-a-frente por 22-21 mas este ano é Novak Djokovic quem tem vantagem (4-3), sendo ainda a sétima(!) vez que os dois nomes figurarão numa final esta época. Não primeira, não segunda, quarta ou quinta, mas sétima. Se Novak Djokovic vencer, conquistará o torneio pela quinta vez, depois de em 2014 ter beneficiado da desistência (devido a problemas nas costas) do helvético ainda antes da decisão; caso seja Roger Federer o vencedor — daquela que é a sua décima final na prova, um registo nunca antes alcançado por outro jogador –, levará para casa o seu sétimo troféu de campeão no ATP World Tour Finals.
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