É uma notícia de última hora e que afeta de forma direta o ‘torneio que todos querem jogar’: a Associação de Tenistas Profissionais (ATP) e a Federação Internacional de Ténis (ITF) desentenderam-se nas últimas negociações e por isso os pontos ganhos nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, não terão qualquer efeito no ranking mundial masculino.
Em cima da mesa estava a compensação financeira que a ATP pedia que a ITF entregasse aos torneios que no próximo verão serão prejudicados pela realização dos Jogos Olímpicos — os Masters 1000 de Toronto e Cincinnati passam a ser disputados na semana 31 e 34, respetivamente, enquanto os Jogos se disputam na 33.ª, ao mesmo tempo que o Claro Open, na Colômbia, e uma semana depois do 250 de Atlanta.
Com a ATP em completo desacordo com a recusa de David Haggerty, eleito recentemente como novo presidente da ITF (que, recorde-se, detém ainda tutela dos torneios do Grand Slam e da Taça Davis/Fed Cup), as duas entidades romperam ligações e os responsáveis pelo circuito profissional masculino decidiram que os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro não contarão, então, para o ranking mundial.
De uma forma prática, deixarão de ser atribuídos pontos aos jogadores (em Londres 2012, Andy Murray, o campeão, somou 750; Roger Federer, o vice-campeão, 450), uma medida que na verdade não é de todo estranha ao ténis, dado que o torneio organizado em solo londrino tinha sido precisamente o primeiro a contar para a hierarquia, conforme acordado no verão de 2011 pelas duas entidades.