Andy Murray vai arriscar tudo pela Taça Davis e enfrentar uma ‘dança’ de superfícies

É o tudo ou nada: Andy Murray está decidido a dar tudo pela final da Taça Davis e isso implica ‘apostar’ tudo na final da competição anual por equipas — onde o Reino Unido marca presença pela primeira vez desde o ano de 1978. E por tudo entenda-se ‘arriscar’ uma boa campanha no ATP World Tour Finals.

Com uma oportunidade única em mãos, o tenista britânico de 28 anos revelou poucos dias depois de vencer a meia-final frente a Austrália que não descartaria falhar o ATP World Tour Finals (em Londres, sob piso rápido indoor) para preparar melhor a final da Taça Davis, que terá início cinco dias depois em terra batida belga. No entanto, rapidamente viu a ATP dizer que “a disputa do torneio é obrigatória para todos os jogadores eleitos e em condições de a disputar.”

A solução? Segundo Murray, que esta semana está em Xangai, na China, a disputar o penúltimo ATP Masters 1000 da temporada, passa por “treinar em terra batida antes de ir para Londres disputar o Finals”, algo que revela não ser “a melhor forma de me preparar para o Masters” mas “essencial para me certificar de que as minhas costas estarão em condições. A Taça Davis é a minha prioridade.”

Ausente de Roland Garros em 2013 devido a uma lesão nas costas, Andy Murray não esconde alguma preocupação com as possíveis alterações que poderá vir a sentir no seu estado físico nas próximas semanas, muito por causa da ‘bruta’ variação de superfícies que, a confirmar-se o que afirmou esta semana à imprensa inglesa, passará por terminar a temporada asiática e a europeia em piso rápido, treinar em terra batida, regressar ao piso rápido para o World Tour Finals e, uma semana depois (ou apenas quatro dias, caso chegue à final), dizer novamente ‘olá’ à terra batida.

Em 2014, Roger Federer e Stanislas Wawrinka viram-se numa situação idêntica: foram a Londres, onde disputaram, inclusive, a meia-final um contra o outro, e o mais cotado dos dois helvéticos desistiu antes de entrar em campo para a final depois de sentir dores nas costas. Quatro dias depois, Federer e Wawrinka estavam a discutir a final da Taça Davis com a França em terra batida. No primeiro encontro, disputado cinco dias depois das meias-finais, Federer apresentou-se visivelmente desgastado e perdeu por 1-6 4-6 3-6 para Gael Monfils.

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